Bolsonaristas radicais, e claramente criminosos, invadiram, nesse domingo 8, o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Houve depredação.

As suas armas foram paus e pedras, e com isso enfrentaram a Polícia Militar e a venceram, e com isso furaram barreiras, e com isso atuaram. De duas, uma: ou a PM foi ineficiente ou não quis agir com a severidade exigida pela situação.

A Força Nacional devia estar preparada para esse tipo de ação criminosa por ordem do próprio ministro Fĺávio Dino.

Uma questão é imperiosa: houve omissão ? É preciso apurar isso imediatamente. A resposta das forças do Estado, que possuem o legítimo monopólio do uso da violência em situação como a que ocorreu, e o dever legal da repressão, demoraram a agir.

Como ISTOÉ publicou essa semana, Jair Bolsonaro, que fugiu para os EUA antes da posse de Lula, pressiona autoridades competentes para obter cidadania italiana, e ir para o país europeu de onde não poderá ser extraditado na hipótese de ser decretada sua prisão no Brasil.

Juntando todas as reflexões e ainda a nebulosidade dos fatos pelo exíguo tempo em que ocorreram, algumas atitudes têm de ser tomadas imediatamente: a prisão dos atores da selvageria, porque é possível identificá-los; ação efetiva das Forças Armadas no desmantelamento dos acampados diante dos quartéis, e profunda investigação sobre a participação ou não de Bolsonaro como mandante.

Também o comando da PM tem de ser responsabilizado. Embora a PM tenha agido, é impossível que ela não tivesse meios legais de contenção imediata dos invasores.