Personagem criado pelo mesmo Stan Lee que deu ao mundo o Homem-Aranha, o Incrível Hulk, o Homem de Ferro e os X-Men, o menos conhecido Doutor Estranho foi o primeiro super-herói dos quadrinhos a mergulhar no esoterismo orientalista que entrava em voga na década de 1960. Para prender o público em sua primeira adaptação para o cinema, o “Doutor Estranho” que estreia em circuito nacional na quarta-feira 2 compensa o misticismo raso das histórias originais com uma ambientação psicodélica de visual impactante. Na trama, Stephen Strange é um brilhante e egocêntrico neurocirurgião que vê a carreira ruir após sofrer um acidente em que perder parte dos movimentos das mãos. Ao saber que sua cura poderia estar em uma sociedade secreta do Nepal, ele aceita receber um “treinamento espiritual” para dominar forças que desconhecia. Uma vez ciente de fenômenos como projeções astrais e universos paralelos, ele se une a um grupo de guardiões para proteger a Terra das forças do mal. As cenas de combate em cenários urbanos nos quais o tempo e o espaço sofrem alterações valem o ingresso em 3D.