MILÃO, 14 JUL (ANSA) – A Guarda de Finanças de Milão, no norte da Itália, prendeu nesta terça-feira (14) oito pessoas acusadas de envolvimento com a máfia ‘ndrangheta, sendo que uma delas conseguiu obter um benefício do governo destinado a empresas em dificuldade por conta da pandemia do coronavírus Sars-Cov-2.   

Os suspeitos são acusados de formação de quadrilha com finalidade de fraude fiscal agravada por método mafioso, lavagem de dinheiro, atribuição fictícia de bens e bancarrota.   

O principal investigado, Francesco Maida, que seria ligado a um clã da ‘ndrangheta na província de Crotone, na Calábria, obteve repasses a fundo perdido para uma empresa em nome de laranjas ao apresentar um volume de negócios e faturas que não correspondiam à realidade.   

Segundo o inquérito, ele teria recebido pelo menos 45 mil euros do fundo para ajudar empresas em dificuldade por conta da pandemia. Dos oito detidos nesta terça-feira, quatro estão na cadeia e outros quatro foram colocados em regime de prisão domiciliar. A Justiça também determinou a apreensão de 7,5 milhões de euros em bens.   

Apesar de ser menos famosa que a Cosa Nostra e a Camorra, a ‘ndrangheta é uma das máfias mais poderosas da Itália e possui ramificações no mundo inteiro, inclusive no Brasil, onde é parceira do Primeiro Comando da Capital (PCC). (ANSA)