A partir do final de novembro, o Twitter não mais aceitará impulsionamento pago de publicações políticas. O anúncio foi feito pelo CEO da empresa, Jack Dorsey, por meio de sua conta na rede. “Acreditamos que o alcance de uma mensagem política deva ser conquistado, e não comprado”, afirmou. Importante não confundir: a plataforma ainda permitirá a veiculação de mensagens partidárias, mas não conduzirá campanhas publicitárias para que uma publicação com esse tipo de conteúdo atinja mais pessoas que o alcance orgânico da plataforma. Dorsey fez questão de ressaltar que isso não atenta contra a liberdade de expressão — afinal, os usuários ainda poderão seguir e interagir com agentes políticos de suas preferências. Entre os críticos da decisão, estão os que consideram que agora o algoritmo da rede terá ainda mais poder permitindo que os usuários vejam em maior ou menor quantidade. O próximo passo é, sem dúvida, limitar a proliferação e acesso dos robôs que lotam a rede.

Da tribo ao resort

Brendan Smialowski/AFP

A Embratur, subordinada ao Ministério do Turismo, pediu que a Funai desista de demarcar terras indígenas no sul da Bahia, entre os municípios de Una e Ilhéus. Motivo: a construção de um resort. Parece inacreditável, mas a intenção é desenvolver o turismo na região. A terra em questão ocupa 47 mil hectares e abriga em torno de 4,6 mil indígenas.
O requinte final da ironia fica por conta do fato de a empresa interessada no local ser portuguesa, tal qual os colonizadores que dizimaram as riquezas naturais brasileiras há mais de quinhentos anos.


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