A festa acabou. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) não pode mais entrar na cela/sala de Lula na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba na hora que bem entender. E quem pôs fim à farra de Gleisi foi a juíza federal Caroline Lebbos, da 12ª Vara Federal do Paraná. Ela proibiu que Gleisi e o presidente do PT de São Paulo, Emídio de Souza, continuem a visitar Lula no cárcere na condição de advogados do petista.

Acontece que eles, juntamente com o ex-prefeito Fernando Haddad, todos advogados de formação, se habilitaram como “advogados” de Lula, para poder entrar na cadeia quando bem entendessem. Mas o Ministério Público Federal do Paraná considerou que isso era abusivo e que eles estavam transformando a cela de Lula num comitê eleitoral. Lula continua mandando no PT de dentro da cadeia, como faz qualquer chefe de facção criminosa. E, pior, com suas ordens sendo levadas para os petistas por intermédio de Gleisi e de Emídio. Em primeiro lugar, Gleisi é senadora e como tal não pode continuar advogando. E, vamos ser sinceros, ela nunca escreveu uma petição judicial em nome de Lula.

Ela não entende nada de leis. Se entendesse, não teria cometido tantos atos ilegais, como o de pegar R$ 1 milhão de caixa dois para sua campanha de 2010, das mãos do doleiro Alberto Youssef. Sobre Haddad, a juíza nada decidiu. Ou seja, o ex-prefeito de São Paulo pode continuar agindo como “aviãozinho” de Lula, transmitindo as mensagens do líder máximo do PT “encarcerado” na PF de Curitiba. Graças aos privilégios, Lula é hoje o preso mais influente na política brasileira.


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