Todo mundo já sofreu de dores de cabeça em algum momento da vida, e ainda há quem sofra todos os dias. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 75% dos adultos entre 18 e 65 anos sofreram com essa condição no ano passado. “As dores de cabeça podem ser classificadas em distúrbios primários, como enxaquecas ou cefaleia tensional, ou cefaleias secundárias, que se originam de, por exemplo, traumas na cabeça ou derrames”, explica a neurologista Jocelyn Bear. 

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Para aliviar essas dores, muitos recorrem a medicamentos sem receita. No entanto, eles também podem ser culpados pelas dores de cabeça crônicas. “A cefaleia por uso excessivo de remédios pode ocorrer com quem toma muitos deles para a dor, geralmente diariamente. A dor de cabeça pode melhorar por um curto período, mas retorna quando o efeito do remédio passa”, explica a especialista em medicamentos para cefaleia Adelene Jann. A seguir, confira cinco opções naturais comprovadas pela ciência para acabar com as dores de cabeça com informações do “Real Simple”: 

Hidratação

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Um estudo publicado pelo Diário Europeu de Neurologia revelou que pessoas que tomaram ao menos um litro e meio de água durante o dia, no período de duas semanas, tiveram menos dores de cabeça e dores menos intensas em comparação às que receberam medicação placebo para enxaqueca. Além disso, beber bastante água também pode aliviar a dor de cabeça em apenas 30 minutos.

De acordo com a Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina dos EUA, você deve consumir diariamente pelo menos dois litros e meio de água, bebendo-a ou através de alimentos. Além disso, uma pesquisa da revista “Neurology” mostrou que o risco de enxaquecas aumenta quase 8% para cada aumento de nove graus na temperatura, o que significa que, durante o verão, a ingestão do líquido deve ser maior.

Sono

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A lista de malefícios causados pela falta de sono pode incluir, entre outros, cansaço, mau humor, sistema imunológico debilitado, e… dores de cabeça. Segundo o periódico americano “Medicine”, pessoas com má qualidade de sono experimentam dores de cabeça com mais frequência. E mais: quem não acumula o sono REM, que ocorre por cerca de 60 a 90 minutos durante a noite, pode ter ainda mais dores.

Exercícios físicos

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Treinos podem ser a última coisa em mente para quem sofre de cefaleia intensa, mas eles podem fazer a diferença. Ao transpirar, o corpo libera endorfina, dopamina e noradrenalina, que agem como analgésicos naturais e modulam a resposta do corpo à dor, como explica a professora clínica de ciências do esporte Michele Olson. O efeito dessas substâncias pode durar até duas horas. 

De acordo com o diário britânico de dores de cabeça “Cephalalgia”, 40 minutos de exercício três vezes na semana são suficientes. Essa frequência produziu uma resposta semelhante a ingerir medicamentos preventivos para enxaqueca diariamente, além de ser mais efetivo do que a prática de técnicas de relaxamento. 

Mas existe um porém: os exercícios também podem causar enxaquecas. “Teoriza-se que seja devido ao aumento natural da pressão arterial que ocorre durante o exercício — especialmente levantamento de peso pesado ou exercícios cardiovasculares superintensivos”, diz Olson. No entanto, a longo prazo, praticar exercícios regularmente ajuda a manter uma pressão arterial mais baixa e a aliviar o estresse.

Magnésio

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Adelene Jann recomenda a inclusão de magnésio à sua dieta regular. Estudos mostram que a deficiência desse mineral “promove a depressão alastrante cortical, altera o processamento nociceptivo e a liberação de neurotransmissores e estimula a hiperagregação das plaquetas”, fatores que desempenham um papel no início das enxaquecas.

Os suplementos de magnésio são uma opção, no entanto, é recomendado que tenham prescrição médica. Portanto, tente aumentar a ingestão de alimentos ricos nessa substância, como amêndoas, espinafre e feijão preto. Adelene confirma que a vitamina B2 também é uma aliada. Ela pode ser encontrada em alimentos como ovos, salmão e peito de frango.

Manter-se longe das telas

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A exposição à luz azul das telas de celular, computador e televisão — que aumentou dramaticamente com a pandemia — pode ​​causar danos às retinas ao longo do tempo, como explica a oftalmologista Kara Hartl. Um dos sintomas imediatos que podem ocorrer como resultado são dores de cabeça, no entanto, acredita-se que essa exposição contribua para problemas de visão como degeneração macular, como explica Kara.

Como medida emergencial, a oftalmologista indica investir em protetores de tela para computadores e tablets. Considere ativar o modo noturno em seus aparelhos, pois ele diminui o brilho da tela e reduz o cansaço visual. Ademais, limitar o tempo de tela fazendo uma pausa a cada 20 minutos também pode ser benéfico para reduzir as dores de cabeça.