A Justiça do Acre aceitou uma denúncia contra Rayane da Costa Brilhante, de 20 anos. Ela é acusada de matar Edlyn Vitória da Silva Bezerra, 18, a facadas após uma discussão em uma chácara, localizada na avenida Amadeo Barbosa, no bairro Canaã, em Rio Branco (AC), no dia 29 de maio. Recentemente, a defesa da mulher afirmou que ela estava em surto psicótico e, por isso, deve passar por exame de insanidade mental. As informações são do G1.

Depois do crime, Rayane teve a sua prisão preventiva mantida e segue no Complexo Penitenciário de Rio Branco.

Conforme a denúncia do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), Rayane tinha um relacionamento com Davi Ribeiro Bessa, de 25 anos, e os dois moravam juntos. No dia do crime, o rapaz saiu de casa para ir a uma festa, o que desagradou a acusada. Depois, ela foi até o local e atacou com golpes de faca duas jovens que estavam próximas do seu companheiro. Na sequência, tentou ferir o homem.

Edlyn chegou a ser socorrida e levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do 2° Distrito, mas não resistiu aos ferimentos. Já a outra jovem foi ferida com ao menos cinco facadas, sendo uma delas no peito. O MPAC entendeu que o crime foi motivado por ciúmes.

Surto psicótico

Rayane afirmou em depoimento que estava em surto psicótico no dia do crime e não se recorda do que aconteceu.

Com base nisso, no dia 16 de junho, a defesa da acusada entrou com um pedido para que fosse instaurado o incidente de insanidade mental. No documento apresentado, o advogado Wandik Rodrigues Sousa alegou que a família da Rayane informou que ela apresentava confusões mentais e quadro de depressão desde a infância.

Por meio disso, a Justiça ordenou que ela passe por um exame com uma junta médica. O MPAC foi favorável a essa decisão.

Agora, a defesa de Rayane aguarda a data marcada para a realização do exame. “Estamos esperando agora a data para ser feita a avaliação psicológica nela, para identificar se, na verdade, no dia do ocorrido, ela estava em condições de saber o que estava fazendo”, disse o advogado.

Ediane Moreno, que é tia de Edlyn, contou ao G1 que a jovem teve o sonho de cursar pedagogia interrompido. “Não conhecia essa moça, só o rapaz que era amigo dela, e ele sempre chamava ela para sair, a outra moça também era amiga dele. Ela disse que naquele final de semana ia se divertir, porque depois não teria mais tempo porque ia se dedicar aos estudos. Ia seguir a mesma profissão do pai dela. Todo mundo foi pego de surpresa”, lamentou.