O menino de 3 anos que teria sido vítima de maus-tratos ao apanhar do pai com um cipó e ter os pés furados começou a ser acompanhado por psicólogos e assistentes sociais de Porto Acre (AC). Sua mãe, Rosenilda da Cruz, que denunciou o caso à polícia, também recebe atendimento. As informações são do G1.
De acordo com a conselheira tutelar de Porto Acre, Fabiana Lacerda, uma equipe do Conselho junto com assistente social e psicóloga do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) foi até a casa da família para prestar os primeiros atendimentos.
Segundo o laudo do exame de corpo de delito feito no IML (Instituto Médico Legal) de Rio Branco, a pedido do delegado responsável pelas investigações, Marcos Sobral, foi concluído que pode configurar crime de maus-tratos se for apurado que as lesões foram dolosas e causadas pelo pai da criança.
Foram constatadas diversas lesões causadas por instrumento contundente no rosto da criança, na região anterior e posterior do tronco, no membro superior esquerdo e nas palmas dos pés. O laudo também concluiu que houve “ofensa à integridade corporal ou à saúde da criança”.
O caso foi registrado no último sábado (15) e, segundo a mãe, ela e o pai do menino são separados, e as agressões aconteceram quando a criança foi passar um período de 15 dias com o homem. De acordo com Rosenilda, não havia histórico anterior de agressões ao menino.
“O pai levou ele para passar 15 dias e, durante esse tempo, sempre fiquei ligando, procurando, tentando ter notícias dele, só que ele recusava, sempre não atendia. Então, teve um momento que fiquei desesperada e ameacei que se não trouxesse eu ia dar um jeito, ia chamar a polícia. Então, no sábado, ele me ligou e falou: teu filho tá aqui, vem buscar e, quando cheguei lá, encontrei meu filho todo machucado, de castigo no chão porque disse que era uma criança desobediente, mal comportada”, disse a mãe.
Ela ainda contou que no momento em que foi buscar a criança chegou a ser ameaçada pelo ex-marido, que ainda teria tentado agredir o menino mais uma vez. O pai da criança ainda não foi localizado.