As vendas da indústria de materiais de construção cairão ainda mais do que o previsto pela associação do setor. Em abril, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) havia avisado que poderia revisar para baixo a expectativa de retração, até então estimada em 4,5% para o ano. Nesta quarta-feira, 8, a associação divulgou que espera queda de 8% nas vendas deste ano.

O faturamento deflacionado das indústrias de materiais recuou 8,4% em maio na comparação com o mesmo mês de 2015. Trata-se do 28º resultado negativo consecutivo do indicador em relação ao mesmo mês do ano anterior. Entretanto, em relação a abril deste ano, houve alta de 5,3%, o que na avaliação do presidente da Abramat, Walter Cover, não é suficiente para indicar uma retomada a curto prazo.

“Essa pequena melhoria está diretamente relacionada principalmente à base de comparação. Isso porque em maio de 2015 o mercado começou a apresentar quedas que perduraram até dezembro. Ainda é muito cedo para afirmarmos que estamos diante de uma recuperação sustentada”, afirma Cover, por meio de nota. A associação ressalta que a tendência é de continuidade de queda do indicador mensal ante o mesmo mês do ano anterior.

Em maio ante maio de 2015 também houve queda no indicador de emprego, de 10,2% nos trabalhos formais. Ante abril de 2016, a queda foi menor, de 0,9%.

Nos segmentos de base e acabamento, houve queda de 10,8% e 4,8%, respectivamente, no faturamento ante maio de 2015, mas alta na comparação com abril de 2016, de 6,1% e 4,1%, neste ordem, ainda de acordo com o índice Abramat.

No acumulado até maio sobre igual período do ano passado, o recuo do faturamento deflacionado da indústria de materiais de construção foi de 14,6%.

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