Há uma expectativa muito grande do setor produtivo quanto ao fim da recessão, mas o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre mostra que o crescimento ainda é muito tímido. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Fonseca Leite.

No segundo trimestre, o consumo de eletricidade somou 114.938 megawatts-hora (MWh), volume 0,95% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. Enquanto a demanda industrial recuou 0,58%, o consumo da classe comercial baixou 4,7%, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Leite diz que as distribuidoras têm expectativa de crescimento do consumo ainda neste ano, o que faria com que “o período de redução de receitas seja coisa do passado e que os investimentos sejam retomados” no setor.

Conforme divulgou esta semana a EPE, em julho o consumo do País ainda apresentou leve recuo, de 0,1%, na comparação com igual etapa do ano passado. Mas entre as classes de consumo, as indústrias e residências apresentaram estabilidade (+0,1%) e o segmento comercial seguiu em queda, de 0,5%.

A instituição salientou que dos 10 ramos da indústria que mais demandaram energia elétrica da rede em julho, sete deles exibiram desempenho positivo, sendo os maiores avanços observados nos setores extrativo (+9,8%) e automotivo (+5,0%). Já no caso do comércio, a baixa pode estar influenciada por iniciativas de eficiência energética por parte de grandes consumidores do segmento, como shoppings centers e hotéis.