São Paulo, 14 – A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) reduziu a estimativa de processamento de soja neste ano em 300 mil toneladas, de 46,8 milhões de toneladas para 46,5 milhões de toneladas. Se confirmado, o volume será 0,7% menor que o esmagado no País no ano passado, de 46,85 milhões de toneladas. Os dados foram divulgados na manhã desta segunda-feira em atualização mensal da entidade das estatísticas do complexo soja no Brasil e das projeções para a safra corrente.

Segundo a associação, a queda deve-se à redução da mistura obrigatória do biodiesel no diesel e às exportações de óleo de soja e da soja em grão que seguem aquecidas. “A redução do esmagamento da soja resulta da menor demanda doméstica por óleo de soja, que, por sua vez, reflete a redução da mistura obrigatória de biodiesel ao óleo diesel fóssil para 10% (B10) nos leilões L79 e L80 (da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis)”, afirmou o economista-chefe da Abiove, Daniel Furlan Amaral, em comunicado.

Em abril, o esmagamento de soja alcançou 3,74 milhões de toneladas, 13% inferior às 4,3 milhões de toneladas registradas em abril de 2020. No acumulado do 1º quadrimestre do ano, o processamento corrigido pela amostragem totalizou 12,1 milhões de toneladas, contra 14,9 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado.

Quanto à produção de soja em 2021, a Abiove manteve a estimativa em 137,5 milhões de toneladas, alta de 7,4% ante o colhido em 2020, de 127,99 milhões de toneladas. Se confirmado, o volume será recorde. Em relação às exportações de soja em grão, a Abiove elevou a previsão em 100 mil toneladas para 85,7 milhões de toneladas, ante 82,97 milhões de toneladas comercializadas para o mercado internacional em 2020. A estimativa de importação permaneceu em 400 mil toneladas ante 822 mil toneladas reportadas no ano passado.

Derivados – Para o farelo de soja, a Abiove projeta produção de 35,54 milhões de toneladas, ante 35,77 milhões de toneladas previstas na estimativa anterior e contra 36,02 milhões de toneladas produzidas no ano passado. O consumo interno foi mantido em 17,4 milhões de toneladas. As exportações foram reduzidas de 17,1 milhões de toneladas para 16,9 milhões de toneladas, frente às 16,94 milhões de toneladas de 2020.

Para o óleo de soja, a Abiove espera produção de 9,4 milhões de toneladas ante 9,5 milhões de toneladas previstas anteriormente e 9,6 milhões de toneladas reportadas em 2020. As exportações foram elevadas de 1 milhão de toneladas para 1,2 milhão de toneladas, alta de 20%. Na comparação anual, o incremento pode chegar a 8% contra 1,11 milhões de toneladas vendidas ao mercado externo em 2020. O consumo interno foi reduzido de 8,9 milhões de toneladas para 8,7 milhões de toneladas, frente às 8,53 milhões de toneladas registradas no ano passado.