O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta terça-feira, 17, que o seu indiciamento pela Polícia Federal no inquérito da “Abin paralela” teve motivação política.
A corporação encaminhou ao STF (Supremo Tribunal Federal) o relatório em que solicita o indiciamento do vereador, do ex-presidente Jair Bolsonaro, de Alexandre Ramagem (PL-RJ)– ex-diretor a Abin (Agência Brasileira de Inteligência –, e de outras 32 pessoas.
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Ao longo dos últimos anos, os investigadores apuparam sobre um suposto esquema de espionagem ilegal promovidos por aliados do ex-mandatário com a utilização da agência de inteligência.
Em uma rede social, o vereador se manifestou sobre o caso. Para ele, a PF estaria enviesada, e a conclusão do relatório, relacionada às eleições gerais de 2026.
“Alguém tinha alguma dúvida que a PF do Lula faria isso comigo? Justificativa? Creio que os senhores já sabem: eleições em 2026? Acho que não! É só coincidência”, ironizou o vereador.
Os investigadores apontam Carlos como o chefe do chamado “gabinete do ódio”, que tinha como intuito atacar publicamente figuras consideradas adversárias do ex-presidente, usando informações obtidas ilegalmente pela Abin.
Para a Polícia Federal, o ex-diretor da agência teria estruturado o esquema de espionagem ilegal. Já o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha conhecimento sobre o suposto esquema e se beneficiava dele.
A corporação também indiciou o atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa, por supostamente ter agido para obstruir as investigações durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).