Rio, 8 – O País registrou o abate de 13,72 milhões de cabeças de suínos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária no terceiro trimestre, alta de 7,8% ante igual período de 2020. Em relação ao segundo trimestre de 2021, houve alta de 4,5%. Os dados são da divulgação definitiva das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, divulgadas nesta quarta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta no terceiro trimestre levou o número de suínos abatidos ao maior número já registrado na série histórica do IBGE, iniciada em 1997.

“No índice mensal, foram registrados os melhores resultados para os meses de julho, agosto e setembro, propiciando um recorde de abate de suínos na série histórica iniciada em 1997. O resultado trimestral das exportações de carne suína in natura apurado pela Secex, que computou recorde mensal das exportações em setembro, colaborou para o desempenho do abate”, diz o IBGE.

Segundo o órgão, o abate de 988,18 mil cabeças de suínos a mais no terceiro trimestre de 2021, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 19 das 25 unidades da federação. “Entre os estados com participação acima de 1,0%, houve altas em: Rio Grande do Sul (+284,50 mil cabeças), Santa Catarina (+216,01 mil cabeças), Paraná (+195,99 mil cabeças), Minas Gerais (+167,42 mil cabeças), São Paulo (+59,98 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+44,56 mil cabeças) e Mato Grosso (+210 cabeças)”, diz a nota do IBGE. Na contramão, a principal queda ocorreu em Goiás (-28,84 mil cabeças).

Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 28,7% da participação nacional, seguido por Paraná (20,3%) e Rio Grande do Sul (17,7%).

Frangos – Já o abate de frangos somou 1,54 bilhão de cabeças no terceiro trimestre, aumento de 1,2% em relação ao mesmo período de 2020 e de 0,7% na comparação com o segundo trimestre de 2021. Segundo o IBGE, foi o melhor terceiro trimestre na série histórica, iniciada em 1997 e o melhor resultado para mês de setembro.

“O desempenho das exportações de carne de frango in natura influenciou positivamente o resultado, já que alcançaram o melhor desempenho desde o 3º trimestre de 2018 quando atingiram o recorde de exportações que permanece até hoje. Ainda assim, o mercado interno foi o que mais absorveu o crescimento da produção”, diz a nota do IBGE.

O abate de 18,82 milhões de cabeças de frangos a mais no terceiro trimestre de 2021, ante igual período de 2020, foi determinado pelo aumento no abate em 16 das 25 Estados que participaram da Pesquisa. “Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Paraná (+17,91 milhões de cabeças), Goiás (+8,08 milhões de cabeças), Santa Catarina (+7,90 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (+2,45 milhões de cabeças), Pernambuco (+1,18 milhão de cabeças), Bahia (+827,80 mil cabeças) e São Paulo (+749,89 mil cabeças)”, diz o IBGE.

Na contramão, as quedas mais expressivas ocorreram em Mato Grosso (-10,33 milhão de cabeças), Rio Grande do Sul (-10,11 milhões de cabeças) e Minas Gerais (-2,12 milhões de cabeças).

O Paraná ainda lidera o abate de frangos, com 33,7% da participação nacional, seguido novamente por Santa Catarina (13,8%) e Rio Grande Sul (13,1%).