Abag: plano atende demandas, mas seguro rural precisaria ser revisto

São Paulo, 06 – O montante de R$ 194,37 bilhões em recursos para o Plano Agrícola e Pecuário 2018/19 atende às demandas do setor, mas o seguro rural precisaria ser revisto, diz o diretor executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Cornacchioni. “O problema do seguro não é o volume de recursos, mas a estrutura em que ele está montado. A modalidade atual é obsoleta e precisa ser revista”, afirma Cornacchioni. Na safra de 2018/19, o seguro terá R$ 600 milhões em recursos e o diretor acredita que dificilmente haverá aumento na área segurada.

Quanto ao total de recursos previstos para o crédito rural, o executivo diz que o aumento de 3,2% no volume ante os R$ 188,4 bilhões da temporada de 2017/18 sinaliza comprometimento do governo com a agropecuária, “dado o atual cenário em que o Brasil se encontra”. A redução de 1,5 ponto porcentual nas taxas de juros do programa foi outro fator positivo. “Uma diminuição nas taxas de juros indica que o governo seguiu, dentro do possível, a tendência de queda da Selic”, acrescenta o executivo.

Entre os destaques citados pelo representante da Abag estão as linhas direcionadas à armazenagem (PCA), o Plano Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas, Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). “Recursos maiores para o Plano ABC vão em linha com os compromissos do País de redução nas emissões de carbono. Quanto ao Moderfrota, trata-se do maior consumidor de recursos do Plano Safra”, ressalta.