Abag diz esperar que não haja protecionismo nos EUA com Trump

São Paulo, 9/11 – O diretor-executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Cornacchioni, disse nesta quarta-feira, 9, ao Broadcast Agro (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) “esperar que não haja protecionismo” por parte dos Estados Unidos, que elegeram o republicado Donald Trump para a Presidência. Barreiras ao livre comércio chegaram a ser defendidas pelo candidato eleito durante a campanha. “Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Mas não acho que ele (Trump) chegará a esse radicalismo. Não dá para ser assim, o mundo tem regras e commodities têm vida própria”, afirmou. Para Cornacchioni, a abertura do mercado norte-americano à carne bovina brasileira também não deve ser afetada com a chegada de Trump ao poder. “Não acho que essa discussão volte atrás, até porque o consumo nos EUA é muito grande”, explicou. Além disso, o diretor-executivo da Abag concorda com a avaliação de outros representantes do agronegócio brasileiro, de que a eleição do candidato republicano “pode até ser positiva” para o Brasil. Isso porque, caso sejam aplicadas medidas protecionistas nos EUA, países importadores tendem a se voltar ao mercado brasileiro à procura de alimentos e outras commodities. A vitória de Trump contrariou as pesquisas de intenção de voto, que mostravam a candidata democrata, Hillary Clinton, com ligeira vantagem na disputa pela Casa Branca. A conquista, confirmada na madrugada desta quarta-feira, se deu em Estados estratégicos, como Flórida, Carolina do Norte, Iowa, Ohio e Pensilvânia.