O grupo AB InBev, de capital belga e brasileiro – líder mundial do setor de cervejas que possui as marcas Budweiser, Stella Artois e Corona, anunciou uma queda de 6,3% no lucro líquido em 2023, afetado pela redução no volume de cerveja vendida.

O “lucro atribuído aos acionistas” do grupo alcançou 5,34 bilhões de dólares (26,5 bilhões de reais) no ano passado, acima dos US$ 5,97 bilhões de 2022, informou a empresa em um comunicado.

A AB InBev, com sede em Leuven (centro de Bélgica), registrou queda de 1,7% no volume mundial de cerveja vendida, a 585 milhões de hectolitros, com reduções na Europa e, em particular, nos Estados Unidos.

O aumento dos preços, no entanto, permitiu elevar em 2,8% o volume global de negócios, a 59,4 bilhões de dólares (295 bilhões de reais) para o ano fiscal de 2023.

O grupo, que tem mais de dois bilhões de consumidores de suas bebidas em 150 países, conseguiu dessa maneira uma leve alta da rentabilidade.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) aumentou 0,7%, a 20 bilhões de dólares (R$ 99 bilhões), mas a AB InBev prefere destacar a alta de 7% com alcance e taxas de câmbio constantes.

“Nossa empresa teve um novo ano de crescimento rentável e constante”, celebrou o CEO Michel Doukeris.

Para 2024, a AB InBev prevê, como no ano passado, um aumento do Ebidtda de “entre 4% e 8%, em conformidade com as perspectivas de médio prazo” do grupo, mas não anunciou um objetivo em termos de aumento de vendas, ao contrário dos exercícios anteriores.

O grupo reconheceu as dificuldades nos Estados Unidos, onde o faturamento caiu 9,5% no ano passado.

“Todo nosso potencial de crescimento foi limitado pelo desempenho de nossa atividade nos Estados Unidos”, destacou a empresa, que mantém uma estratégia de ampliação e desenvolvimento centrada nas marcas mais rentáveis.

“Nossas megamarcas mundiais geraram um aumento de receita de 18,2% fora de seus mercados nacionais, com a Corona à frente, com um crescimento de 22,1%”, acrescentou o grupo.

A AB InBev também indicou que conseguiu reduzir sua dívida graças a um fluxo de caixa positivo de 315 milhões de dólares (1,56 bilhão de reais).

A dívida líquida alcançou 67,6 bilhões de dólares (R$ 335 bilhões) em 31 de dezembro de 2023, contra US$ 69,7 bilhões (346 bilhões de reais) no ano anterior.

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