A voz da cantora nova-iorquina pode até soar angelical, mas suas letras, de santas, não têm nada. Em seu novo álbum, “Chemtrails Over the Country Club”, Lana Del Rey ironiza a sociedade conservadora dos EUA com expressões de duplo sentido e uma atitude para lá de blasé. Em “White Dress”, que abre o disco, ela narra as aventuras sexuais de uma garçonete de 19 anos que “adora vestidos justos e ouve rock o dia inteiro”. Para alguns, seu estilo musical é monótono; para outros, ela soa como um mantra bastante sedutor. Produzido por Jack Antonoff, que trabalhou com Taylor Swift, o álbum mostra que ainda há espaço para o romantismo nada ingênuo dessa pin-up do século 21.