06/08/2021 - 9:30
Os viajantes em busca de luxo sempre tiveram boas opções quando se trata de hotéis na França. O país, conhecido por inventar e definir o que é elegância e opulência, não quer mais pensar em crise. Se em 2020 todos os pontos turísticos como restaurantes, museus, castelos e hotéis fecharam com perdas financeiras bilionárias, o futuro começa a ser definido agora. Com o governo ainda apoiando o setor hoteleiro através de empréstimos e financiamentos, chama a atenção oito novos hotéis cinco estrelas recém inaugurados ou por inaugurar em todo o território.
Reformas, investimentos em chefs de cozinha renomados e até helipontos — são apenas algumas das características que esses espaços têm em comum. Esqueça os albergues, com o relaxamento de restrições entre países, as opções de hospedagem de alto padrão ficaram mais robustas.
Uma das inaugurações mais esperadas é a do “The Maybourne Riviera”, no sul da França. Situado em um penhasco escarpado na cidade de Roquebrune-Cap-Martin, em um edifício moderno e espelhado, a propriedade terá uma estreia completa e sem muito alarde apenas no final de agosto, durante a baixa temporada do verão europeu. Funcionando em meio às obras, os preços são decididos caso a caso, girando em torno de R$ 10 mil a diária. A dez minutos de helicóptero de Monte Carlo, as suítes oferecem vista panorâmica para o mar Mediterrâneo. Também é no sul que fica o “Airelles Saint-Tropez”, inaugurado em julho. O resort ocupa 25 acres de terreno no coração de Saint Tropez e conta com um SPA com nove salas de tratamento e uma piscina coberta, uma plataforma de ioga ao ar livre e diversas quadras de tênis. No que diz respeito à alimentação, a propriedade tem uma parceria com o renomado chef japonês Nobu Matsuhisa.
Paris é uma festa
A capital francesa é o lar de uma coleção de hotéis-palácio onde uma noite de estadia começa acima dos mil euros. Entre as novidades está o “Cheval Blanc Paris”, propriedade do conglomerado de luxo LVMH, detentor da grife Louis Vuitton. Com estreia prevista para setembro, a propriedade está localizada em “La Samaritaine”, edifício do século 19 com 72 suítes projetadas pelo arquiteto americano Peter Marino. As comodidades incluem um restaurante administrado pelo chef francês três estrelas Michelin, Arnaud Donckele, e o “Dior Spa Cheval Blanc”, que oferecerá tratamentos da grife Dior sob medida para o hóspede. Uma diária pode custar R$ 42 mil.
Com a mesma pegada de ostentação também está o “Bulgari Hotel”, ainda sem data específica para começar a receber seus visitantes. Localizado na Avenida George V, forma com os Champs Elysées e a Avenue Montaigne, o famoso “Triangle d’Or”, uma das áreas mais exclusivas e distintas da cidade, oferecendo uma grande variedade de lojas de luxo, entretenimento e atrações culturais. Já o terceiro lançamento para não perder de vista na capital é o “J.k Place Paris”. Desenhado para quem busca conforto e comodidade, o espaço possui apenas 29 suítes e fica em frente ao Boulevard Saint-Germain. Com a má sorte de ter aberto as portas no início da pandemia, o hotel agora possui reservas disputadas. No final de 2019, a Agência de Desenvolvimento Turístico da França estimou que o consumo ligado ao turismo em território nacional durante o ano foi de 170 bilhões de euros. O setor represent cerca de 6% do PIB do país. “O ano de 2020 foi um choque, mais de 60 bilhões de euros de prejuízo para o turismo francês”, disse o funcionário encarregado da pasta Jean-Baptiste Lemoyne. Será que a França voltará a brilhar como destino favorito dos turistas internacionais? A depender do investimento, a resposta tem tudo para ser positiva.
