O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Brito foi o convidado de mais uma live de ISTOÉ, nesta terça-feira (10). O sergipano falou sobre polêmicas como a determinação, anunciada hoje, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária de interromper o estudo clínico da vacina Coronavac.

Aos 77 anos, Brito é considerado por muitos especialistas do Direito como o mais destacado magistrado do campo das conquistas sociais e constitucionalista brasileiro. O ex-ministro disse que a decisão da Anvisa é um fato muito grave, se for comprovado uma injunção política no caso.

Para ele, se realmente deixou de prevalecer o critério técnico implica um desvio de finalidade que pode levar ao impeachment do presidente da República. Brito avalia que a politização da vacina “é um jogo de perde-perde e não um ganha-ganha. Essa antagonização, se estiver sendo politizada, é um desvio de finalidade inadmissível, gravíssimo”, avalia.

O jurista também fez considerações sobre os ataques às instituições democráticas por grupos da extrema-direita.

“É um processo aberto em que não se vence por nocaute, vence por acúmulo de pontos. Tem uns contratempos, aqui e ali; uns ligeiros retrocessos, mas a democracia recobre o fôlego, recupera o terreno. O espírito do tempo avança na direção do aperfeiçoamento dela mesmo, da depuração”, finaliza.

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