LIBERDADE Imigrantes chegam aos EUA: Afeganistão nunca mais (Crédito:Jose Luis Magana)

O prazo limite para a retirada do último soldado norte-americano do Afeganistão, dado pelo próprio presidente dos EUA, Joe Biden, foi o dia 31 de agosto. Vinte e quatro horas antes, no entanto, isso acontecia, após duas décadas de ocupação. O derradeiro avião decolou do aeroporto de Cabul na terça-feira da semana passada, pondo fim a uma operação que começou em 14 de agosto e retirou do país cento e vinte e duas mil pessoas. Um dia depois desse início, o Taleban já começava a sua tomada da capital. A saída dos EUA, agora de fato concretizada, abriu as portas para o retorno do grupo fundamentalista islâmico e, novamente, o Afeganistão é mergulhado em um fanatismo religioso que não respeita os direitos fundamentais da pessoa humana — as mulheres são as maiores vítimas, sofrendo castigos bárbaros como, por exemplo, o da lapidação. Segundo estatísticas dos EUA, pelo menos seis mil de seus cidadãos foram retirados, mas outras duzentas pessoas que pediram para sair não tiveram a mesma sorte. Biden conseguiu, porém, o comprometimento do Taleban em facilitar a saída de todos que queiram emigrar, assim que os voos forem regularizados em Cabul. A Universidade Brown, nos EUA, divulgou os seguintes dados: nas últimas duas décadas morreram no Afeganistão aproximadamente cento e sessenta mil pessoas, dentre elas dois mil duzentos e noventa e oito solados norte-americanos.

AMBIENTE
Furacão Ida é o quinto mais forte da história da América

NOVA YORK Mortes e ruas inundadas: o Ida chegou a 230 km/h (Crédito:The New York Times)

Ao menos quinze pessoas morreram após o furacão, denominado Ida, atingir a cidade norte-americana de Nova York, na madrugada da quinta-feira 2. Mais de cinco mil casas ficaram sem energia elétrica — e, quando Ida tornou-se uma tempestade tropical, a maioria das ruas transformaram-se em oceanos. O prefeito Bill de Blasio declarou estado de emergência: “se você está pensando em sair, não faça isso. Fique longe do metrô. Fique fora das estradas”. Antes de chegar a Nova York, o furacão passou pelo Mississipi, Alabama e pela Louisiana. Alcançou a velocidade de duzentos e trinta quilômetros por hora. É o quinto furacãoo mais forte na história da América.

CULTURA
34a Bienal de SP celebra a arte indígena

ORIGENS Obra de Daiara Tukano: artista pertence ao povo Yepá Mahsã, da Amazônia (Crédito:Divulgação)

Já que a produção artística é um reflexo de seu tempo, o título da 34ª Bienal de São Paulo não poderia ser mais adequado: “Faz escuro mas eu canto”, poema de 1965 do amazonense Thiago de Mello. A poesia resume a angústia vivida pelo Brasil governado por um presidente que apoia a extinção dos indígenas. Segundo a curadoria da Bienal,
o tema reafirma a necessidade da arte como resistência, ruptura e transformação. Em cartaz até 5 de dezembro, a mostra no Pavilhão do Ibirapuera tem entrada gratuita e exigência do cartão de vacinação. Para celebrar seus 70 anos, a Bienal volta às origens do povo brasileiro e registra um número recorde de artistas de etnias indígenas.
Ao todo, a exposição traz 91 nomes de 39 países.