A comédia romântica parece hoje tão antiga no Brasil como o ciclo do cangaço, moda nos anos 1950. O gênero também vive um ocaso em Hollywood. Para funcionar, ele exige uma dosagem equilibrada de romance e ironia, ingredientes que parecem faltar aos cineastas atuais, mais voltados ao deboche e, no caso brasileiro, ao escracho.

Por isso, “Talvez uma História de Amor” introduz uma exceção no panorama atual. Trata-se de um filme inteligente para o Dia dos Namorados, sem excluir o grande público. “A história me encantou porque concilia a metáfora da solidão e o amor”, diz o diretor estreante Rodrigo Bernardo, que se inspirou no romance homônimo do escritor francês Martin Page. Ele chamou Mateus Solano para o papel de Virgílio, sujeito solitário e metódico que se esquece da mulher que lhe deu o fora.

“Virgílio não aceita mudanças”, afirma Solano, de 37 anos, ator famoso na TV, mas formado nos palcos. “É um personagem complexo que construí em parceria com Rodrigo.” À medida que busca a amada, Virgílio se descobre e se transforma. Personagens como ele, com mais de duas dimensões, ficaram raros, em especial nas comédias. Estreia em 14/06.

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