Todos os treze candidatos a presidente estão esperando começar o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, neste final de semana, como se fosse uma tábua de salvação para suas candidaturas. Os que terão muito tempo, como Geraldo Alckmin (PSDB), que terá quase a metade dos 25 minutos diários, espera “decolar” com mais espaço na TV. Ele continua embolado com Ciro Gomes (PDT) e Alvaro Dias (Podemos), mas atrás de Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede).

O tucano e seus publicitários acreditam que com a propaganda eleitoral gratuita poderá tirar votos de Bolsonaro e subir. O problema é que a pista pode acabar antes dele decolar. Ou seja, pode subir quando a eleição já estiver definida. Outros candidatos, como Alvaro Dias, contam com os comerciais na TV para subir, já que ele reclama que a Globo não lhe dá espaço nos programas jornalísticos para falar de seus projetos.

A Globo tem dado espaço no JN apenas para Bolsonaro, Marina, Ciro e Alckmin. Bolsonaro, que só tem 8 segundos na TV, vai usar esse tempo para chamar seus eleitores para discutirem suas propostas nas redes sociais, onde o candidato do PSL pensa em participar de sabatinas em veículos como o YouTube e Facebook. Marina Silva vai ter algo como 20 segundos e o tempo também será curto para ela.

Outros, como Henrique Meirelles (MDB), terão muito tempo, mas o fato de ser ligado ao presidente Michel Temer é um dos fatores que o puxam para baixo. É necessário ver como ficará a campanha do PT na TV. O partido quer usar Lula, mas a Justiça deve decretar que ele é inelegível nos próximos dias.

É possível que o candidato do PT no horário eleitoral já seja Fernando Haddad. Resta saber quantos votos Lula transfere para o ex-prefeito de São Paulo. No fundo, todos os candidatos contam com a campanha na TV para decolar. Se isso vai acontecer, dependerá do que eles combinarem com os “russos”. Ou seja: o eleitor vai embarcar no que eles dirão na TV?