AFP

A 10 dias das eleições, a principal constatação das pesquisas divulgadas até agora, tanto do Ibope, quanto do Datafolha, é que o poder de fogo dos candidatos de centro ou a chamada terceira via eleitoral simplesmente morreu. Geraldo Alckmin (PSDB), que vem se mantendo com 8% desde o início da corrida eleitoral, o pedetista Ciro Gomes, que empatou nos 11% ou 12% e Marina Silva (Rede), que despencou para 5% ou 6%, morreram na praia. Nadaram, nadaram, mas como sempre não tiveram gás para chegar a um patamar que lhes garantisse no segundo turno. E esse patamar hoje é superior a 20%. Que é exatamente o patamar atingido por Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

Em pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo Ibope, os candidatos praticamente oscilaram dentro da margem de erro da pesquisa divulgada pelo mesmo instituto há dois dias. Ou seja, Bolsonaro está com 27% (estava com 28%) e Haddad está com 21% (estava com 22%). Os números não deixam mais dúvida alguma: o segundo turno deverá ser disputado mesmo por Bolsonaro X Haddad, o poste de Lula. O problema é que todos os institutos de pesquisa indicam que Bolsonaro perde para a Haddad no segundo turno. Isso significa dizer que Bolsonaro vai eleger o PT. Em um português mais claro: Lula vai voltar a comandar o Brasil. Só que desta vez de dentro da cadeia. E, por certo, com um governo Haddad, Lula não ficará preso por muito tempo. Em breve, poderemos ter Lula como primeiro-ministro de Haddad, conduzindo o Brasil de fato.