Em 2019, o Instituto Alemão Dália fez uma pesquisa que mostra o Brasil ocupando a 9ª posição entre as nações onde mais as pessoas se tatuam, atrás de países como a Itália, com 48% da população, Suécia com 47%, e os Estados Unidos com 46% de pessoas tatuadas. Some-se a essa porcentagem, o tamanho de nossa população, somos 220 milhões de pessoas. Por aqui, raramente uma tatuagem discreta, garantiria a não contratação de um trabalhador, já é um adorno socialmente aceito. Porém, com o fenômeno de tatuagens no rosto e pescoço, pode ser que as coisas mudem. A questão, no entanto, é: qual o real simbolismo de uma tatuagem?

Os temas variam: flores, estrelas, flechas, letras de música e, muitas vezes, o nome de um familiar: o filho, o pai e até ex-namorado (para os menos sortudos). Por isso, não surpreende, quer dizer, não surpreende muito, que Renan Bolsonaro, o filho 04, tenha surgido com o rosto – aterrorizante – do pai tatuado no braço. Se tudo na família Bolsonaro é de mau gosto e com pouca estética, a tatuagem de Renan homenageando o presidente é só mais uma delas.

A verdade por trás do desenho, porém, é outra e vem de uma longa investida de Renan para seguir os passos do ente tatuado: aparecer na mídia a todo custo para no futuro ser um nome conhecido. Quem sabe ter seu próprio cargo político nos próximos pleitos?

Recentemente, Renan disse que “namoraria uma petista” – a frase foi manchete em diversos sites de fofoca. O título com essa fala gera cliques intermináveis e deve ter sido muito bem pensada, feita para surtir o efeito que teve.

Já a notícia de que iria se mudar com a mãe, Ana Cristina Valle, para uma mansão milionária, a que nenhum dos dois teria dinheiro declarado para comprar ou alugar, ficou até um tanto apagada com o gigantesco rosto de Jair Bolsonaro no braço do jovem de 23 anos. Suas aventuras como gamer, seu corte de cabelo, sua suposta astúcia, mais a “fama de pegador”, podem atrair uma boa parcela de votos, se até lá ainda vivermos em uma democracia, claro.