A solução para o intestino preso pode estar na sua respiração; entenda

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Prisão de ventre é um problema que acomete cerca de 40 milhões de brasileiros, segundo a Federação Brasileira de Gastroenterologia, e pode impactar na qualidade de vida e trazer consequências à saúde. Sintomas como dor e inchaço no abdômen, náuseas e incapacidade de urinar são consequências do intestino preso e podem comprometer outros tratamentos ao reduzir a absorção de medicamentos. Melhorar essa situação pode ser mais simples do que se imagina, de acordo com resultados obtidos por quem pratica regularmente exercícios do método Low Pressure Fitness (LPF), a respiração correta contribui diretamente para resgatar o bom funcionamento do intestino.

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“Algumas pessoas que costumavam ficar cinco, sete e até 10 dias sem conseguir ir ao banheiro relataram melhoras já na primeira semana de prática, mas isso é porque o LPF trabalha de maneira muito direta o diafragma, ajudando a normalizar esse músculo e resgatar sua função”, explica Carol Lemes, profissional de educação física e embaixadora do método LPF no Brasil, que consiste em um programa de treinamento postural e respiratório para a região lombar, pelve e quadril.

De acordo com a especialista, muita gente não faz correlação direta com os exercícios respiratórios. No entanto, é preciso lembrar que o diafragma separa a cavidade torácica abdominal, onde fica o intestino, e quando não é exercitado corretamente de maneira regular pode se tornar mais rígido e reduzir sua capacidade de movimento.

“A estrutura está diretamente ligada à função. O diafragma, além de ser o principal músculo respiratório e possuir um importante papel na postura, também atua como motor linfático e visceral. Quando essa estrutura é normalizada, sua função é restabelecida e o intestino volta a funcionar diariamente”, destaca.

A respiração correta também pode beneficiar outros fatores fisiológicos. Estudos demonstram que a respiração rítmica atua sobre o nervo vago craniano, responsável por estimular a liberação de líquidos digestivos. Portanto, ao movimentar o diafragma, os órgãos peritoneais, que envolvem a cavidade abdominal, também se mexem e estimulam a função intestinal.

“Claro que a constipação também pode ter outras causas, como uma alimentação inadequada, além de fatores psicológicos. No entanto, restabelecer o movimento do diafragma é o primeiro passo para garantir a saúde intestinal”, reforça a especialista.