O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) foi o convidado da live de ISTOÉ, no final da tarde da terça-feira (12). O parlamentar, que é líder do governo na Câmara dos Deputados fez uma análise da corrida eleitoral à presidência da Câmara Federal. Para ele, os dois fortes concorrentes para sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) – Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (PMDB-SP) são de partidos da base do governo e de perfis reformistas, características que interessam ao Planalto.

Aos 61 anos, observador atento dos bastidores da política na Esplanada dos Ministérios – o parlamentar foi líder de todos os governos que passaram pelo Esplanada em Brasília nas últimas décadas -, Barros avalia que a questão problemática no pleito é o fato do deputado Baleia Rossi receber o apoio dos partidos de esquerda.

Questionado sobre o fato de o candidato do governo na eleição, Arthur Lira, ter uma extensa trajetória de envolvimento com esquema de corrupção, inclusive sendo réu no Supremo Ttribunal Fedral (STF), Barros avalia que tem como separar essa imagem de corrupto de Lira da do governo, apesar dos desgastes.

“No momento, ela pode ser prejudicial para o governo. Lamentavelmente, vivemos no país de acusadores inimputáveis. Todos nós temos acusações porque não obrigam quem acusou a provar nada. Então, é muito fácil acusar a todos e criar este ambiente e depois 90% das ações de improbidade do Brasil são declaradas sem precedentes, só fica o desgaste político”, explica.

Para o deputado, a prorrogação do auxílio emergencial não acontecerá, mas existe a possibilidade do aumento do Bolsa Família.

“Precisamos votar as reformas para o equilíbrio das contas públicas, que vão gerar desenvolvimento e emprego”, afirma.

“Nós precisamos fazer o Brasil crescer. Se não demonstrar saúde [financeira], não receberá investimento. O mantra do presidente Bolsonaro é que não tem fura teto, não tem aumento da carga tributária e também não tem prorrogação do orçamento. Nós temos que viver dentro do que temos de recursos. O Brasil é um País de muitas virtudes, ele apenas foi abduzido pelas corporações.”, relata.

O deputado também fez questão de afastar os rumores de que seria o próximo Ministro da Saúde, assim como foi na gestão de Michel Temer (MDB).