Quando Walter Isaacson resolve escrever sobre alguém, é bom prestar atenção. Autor das biografias de Albert Einstein, Benjamin Franklin, Leonardo da Vinci e Steve Jobs, seu novo trabalho trata de uma personagem mais desconhecida, mas não menos genial. “A Decodificadora – Jennifer Doudna, Edição de Genes e o Futuro da Espécie Humana” narra a trajetória da vencedora do Nobel de Química em 2020, uma das cientistas mais revolucionárias da história. Americana de 57 anos, ela é responsável pela tecnologia conhecida como CRISPR, ferramenta capaz de editar o código genético do DNA. Sua descoberta permitirá curar doenças, prevenir infecções virais e criar gerações mais saudáveis. Após abordar a determinação da pesquisadora na infância –, ela ouviu do orientador que “garotas não fazem ciência” – Isaacson conta a corrida pelo sequenciamento do genoma humano e casos dos colegas de Jennifer Doudna, como se estivesse narrando um thriller. Explica ainda a tecnologia criada por ela, que ajudou na criação de uma vacina rápida e inovadora contra o coronavírus. Um livro interessante não só para quem quer entender como a ciência moldará o futuro dos seres humanos, mas também para pensar desde já sobre as discussões éticas que essa manipulação dos genes vai gerar na sociedade.

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Biógrafo dos gênios

Walter Isaacson já foi editor da revista Time e CEO da CNN. Hoje, escreve biografias que estão sempre na lista dos mais vendidos. Começou com obras sobre Benjamin Franklin, um dos “pais fundadores” dos EUA, e Henry Kissinger, o mais influente diplomata americano do século 20. Interessado em história, é professor da Universidade de Tulane, em Nova Orleans. Após o sucesso da biografia de Albert Einstein, “Sua Vida, Seu Universo”, passou a focar no campo da inovação: o livro sobre Steve Jobs vendeu mais de dez milhões de cópias e virou filme. Lançou, então, “Os Inovadores”, sobre outros papas da revolução digital, “Leonardo da Vinci”, sobre o gênio italiano, e “A Decodificadora”, abordando a vida da cientista Jennifer Doudna.