Misturando medo, repulsa e muita curiosidade, o canibalismo é assunto recorrente em filmes, séries e livros. Nas telonas, por exemplo, Tim Burton já tratou do tema de forma sutil com Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet. Johnny Depp, o barbeiro, matava seus clientes, enquanto a personagem de Helena Bonham Carter fazia tortas com a carne dos mortos.

Vários outros longas independentes também apresentam a temática. Alguns, até mesmo, ganharam ares de filme cult. É o caso de Holocausto Canibal, de 1980. Um dos primeiros a usar a técnica de found footage, o filme mostra, de maneira documental, um grupo de viajantes que chega à Amazônia para conhecer os costumes de uma tribo indígena. Obviamente, o filme acaba ganhando contornos de terror com fortes e explícitas cenas de canibalismo.

O Brasil, no entanto, não é apenas cenário para filmes de canibais. O País também já produziu as próprias histórias tratando do tema: Como Era Gostoso o Meu Francês, de Nelson Pereira dos Santos, e Hans Staden, de Luiz Alberto Pereira. Ambos se inspiraram, de maneiras diferentes, no drama do viajante alemão Hans Staden, que veio ao Brasil estudar a cultura de índios canibais, mas acabou sendo devorado por eles.

Além disso, é impossível não lembrar de um personagem icônico da cultura pop ao falar do assunto: Hannibal Lecter. Tema de numerosos filmes e séries, o psicopata foi criado por Thomas Harris, em 1981, e apareceu pela primeira vez no cinema em O Silêncio dos Inocentes, em 1991. A partir daí, o personagem ganhou o imaginário popular por seus modos educados, apesar da preferência pela carne humana.

A última aparição do personagem foi na série Hannibal, exibida entre 2013 e 2015 pela rede norte-americana NBC. Nela, o personagem, interpretado com maestria pelo ator dinamarquês Mads Mikkelsen, promove impressionantes banquetes com carne humana. A série, no entanto, acabou sendo encerrada por conta da baixa audiência. Muitos especularam, aliás, que foi causada pelo próprio canibalismo: as pessoas não se sentiram confortáveis pelo tratamento natural que o diretor deu aos banquetes canibais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.