A saída do secretário do Interior americano, Ryan Zinke, no final do ano, anunciada neste sábado (15) por Donald Trump, fará dele o último alto funcionário a deixar o círculo de assessores próximos do líder republicano.

Desde que assumiu o poder em janeiro de 2017, dezenas de assessores e colaboradores diretos de Trump renunciaram ou foram demitidos.

Abaixo está uma lista dos principais funcionários que deixaram seus cargos:

– Secretário do Interior, Ryan Zinke –

Zinke, ex-SEAL da Marinha e ex-membro da Câmara dos Representantes, foi um dos principais executores dos esforços de Trump para reduzir as leis de proteção ambientais nos Estados Unidos.

Ele conseguiu manter sua posição por cerca de dois anos, apesar de uma série de escândalos, incluindo relatos de que seu departamento estava se preparando para pagar US$ 139 mil para melhorar três conjuntos de portas duplas em seu escritório, um custo que ele disse ter negociado até 75 mil dólares.

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Ele também enfrentou críticas por custosos voos de helicóptero da polícia que, no ano passado, permitiram que ele voltasse a Washington para cavalgar com o vice-presidente Mike Pence.

– Secretário-geral, John Kelly –

Kelly, cujo cargo o colocou como o funcionário mais próximo do presidente, é creditado por ajudar a restaurar a ordem para a Casa Branca em algum grau.

Mas no processo enfrentou membros do clã Trump.

Trump chegou a dizer que o queria na equipe até as eleições presidenciais de 2020, mas no mês passado havia sinais de que a relação entre os dois esfriou.

“Em algum momento ele vai querer seguir em frente”, disse Trump.

Na sexta-feira, Trump escolheu Mick Mulvaney, diretor do Escritório de Administração e Orçamento, para preencher o cargo de Kelly.

– Procurador-geral, Jeff Sessions –

Sessions foi o primeiro senador republicano a apoiar a candidatura de Trump em 2015. Depois da vitória em 2016, Trump o recompensou com o cargo de chefe do Departamento de Justiça.

A relação entre ambos azedou rapidamente depois que Sessions se afastou da investigação do procurador especial Robert Mueller sobre se a campanha de Trump fez um conluio com a Rússia para vencer a eleição presidencial.

– Embaixadora na ONU, Nikki Haley –


Haley, que anunciou em outubro que deixará o governo no fim do ano, foi uma estrela do governo Trump.

Na cena internacional, tornou-se uma ardorosa defensora da política externa de Trump, usando uma linguaguem forte contra Coreia do Norte, Síria e Irã.

Haley não hesitava em dizer o que pensava, com frequência recorrendo a uma linguagem pouco diplomática, e conquistou a reputação de enfrentar Trump quando sentia ser justificado.

– Diretor da EPA, Scott Pruitt –

O mandato do diretor da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), Scott Pruitt, foi manchado por um escândalo, e Trump o demitiu em julho.

Ligado à indústria de combustíveis fósseis, Pruitt foi acusado de usar sua posição para favorecer sua própria família, violando a legislação.

– Secretário de Estado, Rex Tillerson –

Ex-CEO da Exxon, Rex Tillerson foi demitido por Trump em março, pondo fim a um mandato tumultuado como secretário de Estado.

Com frequência, Tillerson e Trump discordavam em matéria de política externa. Divergiram, em particular, sobre o acordo nuclear com o Irã, do qual Trump se retirou em maio.

Recentemente, Tillerson disse em público que Trump é indisciplinado, não gosta de ler os informes e, às vezes, pedia-lhe que fizesse coisas ilegais.

No Twitter, Trump respondeu que Tillerson é “burro como uma pedra”.

– Estrategista sênior, Steve Bannon –


O arquiteto da campanha nacionalista-populista de Trump e depois estrategista sênior na Casa Branca, Steve Bannon, foi apelidado de “homem sombra” do presidente.

Seu nacionalismo econômico se tornou o eixo das políticas de Trump.

Os constantes confrontos de Bannon com outros assessores ficaram insustentáveis, assim como seus vínculos com a extrema direita. Bannon deixou a Casa Branca em agosto de 2017.

– Asesor económico, Gary Cohn –

Ex-presidente do banco de investimento Goldman Sachs, Gary Cohn renunciou em março como principal assessor econômico de Trump em protesto pela decisão do presidente de impor tarifas sobre as importações.

– Os conselheiros de Segurança Nacional: Flynn e McMaster-

Michael Flynn, um general reformado, estava sendo investigado por seus contatos com a Rússia e se declarou culpado por mentir para o FBI (a Polícia Federal americana). Durou apenas 22 dias como conselheiro de Segurança Nacional. Foi substituído pelo também general HR McMaster, que durou apenas um ano no cargo.


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