Divulgação

Passeios por cidades históricas sem sombra de dúvida representam uma boa diversão. Mas, passear pela velha cidade de Baia ou Baiae, em latim, debaixo d’água, a 3,5 metros de profundidade, pode ser ainda mais atraente. A Pompeia submersa, como ficou conhecida Baia, fica a 30 quilômetros de Nápoles, na Itália, e é ponto turístico obrigatório da localidade. O fato é que um anônimo empresário colocou à disposição dos viajantes um mini submarino, chamado Nemo, com fundo de vidro e potentes luzes subaquáticas que permitem a entrada de até oito curiosos viajantes. Esses privilegiados podem ver nitidamente os mosaicos, quase intactos, as salas imperiais com estátuas representando divindades e membros da família do imperador romano Cláudio, expostos na sala de banquetes, que, no ano de 79, podia ser acessada diretamente de barco.

A célebre Pompéia caiu pelo fogo do Vesúvio e Baia foi engolida pelo mar, na Idade Média. Um fenômeno geofísico chamado bradissismo, quando o terreno cede por causa do movimento das placas tectônicas, foi o responsável pelo desastre. Porém, o fato não diminuiu o seu potencial histórico e turístico da localidade, que permaneceu totalmente envolvida na mitologia romana. “Baia era escolhida como ponto de encontro das famílias mais abastadas do Império Romano”, afirma a historiadora Daniela Miller, mentora da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, no Ensino Médio do Colégio Mackenzie Brasília.

“Baia era escolhida como ponto de encontro das famílias abastadas da Roma antiga” Daniela Miller, professora de História e Mentora da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, no Ensino Médio do Colégio Mackenzie Brasília e Mestra em História pela UnB (Crédito:Divulgação)

O local ficou famoso por ser o ponto de encontro onde se privilegiava a luxuria e o prazer. “As pessoas que frequentavam Baia eram hedonistas, pensavam em viver o momento”, diz Miller. Por causa de suas belezas naturais e clima ameno, a cidade era mais requisitada que a própria Pompeia. A aventura submersa dura 50 minutos e custa cerca de 180 reais. Ao retornar à superfície e sair do Nemo, as pessoas contam que as ruínas estão em excelente estado de conservação e que visitá-las é como estar dentro de um filme de época. Outra novidade da região de Nápoles é poder visitar a cidade vizinha de Baia, chamada Pazzuoli. Lá, foi reaberto, na quinta, 5, o antigo anfiteatro romano, o terceiro maior da Itália. O prédio foi atingido no mês passado por um incêndio que, felizmente, não comprometeu suas estruturas.