Após passar um período sendo exibido apenas em festivais de cinema, o documentário “Slam — Voz de Levante” chega às salas em circuito comercial.

A produção, dirigida por Tatiana Lohmann e Roberta Estrela D’Alva, retrata o movimento de competições poéticas, os Slams, no Brasil e no mundo, a partir da narração de Roberta, pioneira em trazer ao Brasil o formato nascido nos Estados Unidos. “O Slam recupera algo que a humanidade sempre teve, de se reunir em roda para ouvir seus poetas e seus guerreiros, falando sobre problemas, vitórias e derrotas”, diz Roberta. Populares em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, essas competições mesclam poesia com performance. “Não se trata da palavra escrita. É sobre o que é dito, como é dito e como a plateia reage a tudo”, afirma Roberta. O aspecto competitivo funciona para concentrar a atenção das pessoas. “No fim, ninguém lembra de quem ganhou. O que fica mesmo é a lembrança de um poema. A poesia sempre vence”. E ainda faz com que as vozes de muitos poetas sejam ouvidas. “Slam é um lugar de escuta”, resume Roberta.