Thaís Botelho Fotos de Pedro Dias / Ag.IstoÉ Não, não há erro de informação. O nome de casada, Deborah Flores, impressa na etiqueta de bagagem da atriz, no domingo 4, reflete a psique du role com a qual ela quer ser vista neste ano. Esqueça o furacão Bruna Surfistinha, que fez mais de dois milhões de espectadores deixarem as salas de cinema do País boquiabertos, seja pela ousadia das cenas, seja pelo corpo irretocável dela. Esqueça a espevitada Natalie L’Amour, que elevou a audiência de Insensato Coração, na Globo, a cada aparição de lingerie (e não foram poucas). A versão 2012 da camaleônica Deborah Secco surge apostando menos sexy, tem cabelos mais curtos e escuros, e trocou as formas curvas por linhas retas. Estratégia comum: após uma temporada de super exposição, é hora de descansar a imagem. ?Ser discreta é sempre muito melhor e faz parte da minha personalidade”, confessa ela, em entrevista exclusiva a Gente no Spa Kennzur, em São Paulo. No mundo real de Deborah, a sensualidade estaria em segundo plano. ?Não sou nada sexy, sou a meninona que não usa nem rímel para sair de casa, e que hoje não seria capaz de posar de biquini gratuitamente numa capa de revista, por exemplo?, admite. A linha reservada a levou ao papel de Giovana, no seriado Louco Por Elas, que estreou no início do mês na grade da emissora. A personagem, uma jornalista e mãe que ainda sustenta o ex marido, tem um corpo enxuto em cena. “Eu, Deborah, prefiro assim. Não gosto de corpo artificial, super malhado. Não sou eu”, diz. 
Esse domínio sobre sua silhueta – tudo pelo amor a arte, como a tatuagem do braço direito revela – é fruto do trabalho de um time, que conta com a nutricionista Marcella Amar, a médica ortomolecular Heloísa Rocha e o personal trainer Rafael Lund. São os três que moldam os 54 quilos da atriz em seu 1,64 m de altura. Siga Gente no Twitter! Mudança de hábito Se a preparação física para ser Bruna Surfistinha/Natalie L’Amour envolvia treinos até de madrugada e muitas séries de abdominais e agachamentos, bastaram três semanas em ritmo reduzido para ela retomar sua forma normal. No prato também, mais ajustes: os suplementos proteicos deram espaço aos cereais e a uma variedade de sopas de legumes. Veja o cardápio completo aqui! Este processo de desconstrução da vaidade é bem entendido dentro de casa também, onde Deborah vive há três anos com seu marido, o jogador Roger Flores. “Meu marido sabe que não tenho nada do estilo da Bruna ou da Natalie. Ainda sonho em fazer uma feia, estranha, tipo a Charlize Theron em Monster. Sou muito mais o que sou por dentro. Meu exterior não é o meu melhor.? É focando no seu interior, então, que Gente buscou entender o momento da atriz: sua relação com o trabalho, a vaidade depois dos 30 e o sonho da maternidade. Ficção & realidade ?Bruna e Natalie foram personagens incríveis, mas muito diferentes de mim. Não sou nada sexy e nunca me achei bonita. Sou a meninona que não usa nem rímel para sair de casa, e que hoje não seria capaz de posar de biquini gratuitamente numa capa de revista, por exemplo. Não tenho nada delas.? 
Dona de casa ?Aprendi a cuidar de casa na marra. Preciso de alguém que me dê ordens. Não sei gerir nada. Quando posso, adoro não fazer nada. Sou preguiçosa. O que quero no momento é conseguir tirar uns dias para ir a Nova York para conseguir comprar lençóis e outras coisas para casa.? Vaidade ?As rugas não me assustam. Tenho um belo exemplo em casa: minha avó materna tem 82 anos, está noiva, vai ao baile, se arruma toda linda e é super feliz. Malha todos os dias, nada, dança… Mas ela não quer parecer que tem 30 anos. A velhice é a idade mental. Só tenho medo de envelhecer rabugenta.? Maternidade ?Tinha planos de ficar dois anos sem fazer nada, mas jamais vou recusar bons convites. Penso que depois dos 30, até uns 45 anos, é a fase dos grandes personagens femininos. Se Martin Scorsese me liga no ano em que decido tirar férias, vou fazer o papel. Ou seja: não penso em parar para engravidar. Aprendi em 10 anos de terapia que a expectativa gera frustração. Vivo o hoje. E mulheres que ficam na ansiedade para ter filhos produzem menos óvulos. É sério!?
A outra Deborah
