Guilherme Amado Coluna

Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

A nova aposta da oposição contra o governo Lula

Oposição aposta em derrotas para gerar desgastes pro governo Lula

Rosinei Coutinho/STF
Foto: Rosinei Coutinho/STF

A nova aposta da oposição para desgastar o governo Lula é a convocação de José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente. O requerimento será votado na CPI do INSS nesta quinta-feira, 16.

Frei Chico é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical (Sindnapi). A entidade é citada em relatórios das Controladoria-Geral da União (CGU) por supostas ligações com as fraudes do INSS.

A votação do requerimento de convocação do irmão de Lula será em bloco, ou seja, junto com outros pedidos de oitivas de pessoas ligadas a entidades e associações vinculadas às fraudes a aposentados. Dessa forma, será mais difícil para o depoimento ser rejeitado.

A blindagem a Frei Chico é uma das prioridades para os governistas que integram a CPI e a votação de sua convocação “em bloco” quebra um acordo alinhavado no início dos trabalhos do colegiado.

Uma das principais influências na quebra de acordo foi a identificação pela CGU de que o Sindnapi apresentou uma declaração falsa ao governo federal, em 2023, negando que Frei Chico fosse irmão de Lula.

Apesar de Frei Chico não ser investigado, a oposição avalia que a imagem do irmão de Lula como convocado na CPI terá poder de desgastar o governo federal, especialmente nas redes sociais.

Até a noite de quarta-feira, 15, o governo não tinha um plano para tentar frear a convocação.