A cantora e compositora Mariana Nolasco foi a convidada da IstoÉ Gente para a live que rolou na última quarta-feira (9). No bate-papo com o jornalista Rafael Ferreira, ela falou sobre sua carreira, seu crescimento profissional e seus projetos futuros. “Tenho trabalhado muito, fazendo muitas composições. A música me ajuda a me entender, a curar”, diz.

Mari começou a se movimentar na carreira musical ainda na pré-adolescência, com vídeos caseiros de música aos 13 anos, sem que ninguém da família soubesse. À época, os trabalhos eram gravados com voz e violão e publicados em sua conta do Facebook. Pela forma despretensiosa de publicar os vídeos, a jovem paulistana, de voz delicada, chamou a atenção dos internautas com a gravação do funk de MC Rodolfinho – “Ai meus Deus como é bom ser vida loka”.

A cantora  fala na live que o “momento funkeira” foi uma zoação que deu certo. Na verdade, mudou a vida dela. “Morri de vergonha. Fiquei envergonhada na época. Mas ali começou minha carreira. Ninguém imaginava que uma menina de voz calma, cantaria um funk. Mas foi quando descobri a música como forma de me expressar.” Mesmo não sendo o som que ela gosta, foi depois do vídeo, literalmente, da noite para o dia, que ela viu turbinar sua conta no YouTube com milhares de acessos.

Na live, a cantora conta sobre seu videoclipe mais recente, dirigido e roteirizado por ela mesma, de “Transforma(dor)”. A faixa foi gravada durante o período da quarentena por causa da Covid-19 e mostra a artista em momentos intimistas dentro de casa. A música, que fala sobre transformação e transmutação da dor em amor, surgiu durante o período de isolamento social e foi toda produzida à distância. “O título da canção foi sugerido por uma fã”, diz.

O single original ganhou dois clipes: um contando com a colaboração dos próprios fãs, que foi publicado em seu IGTV e outro gravado e editado pela própria cantora, lançando em seu canal no YouTube. “Escrever “Transforma(dor)” foi curativo pra mim, um desafio”, afirma.

Mari deu um salto na vida musical. Depois do sucesso de seu primeiro trabalho, surgiu uma cantora de interpretação extremamente intimista e sentimental cantando versões de artistas como: Marisa Monte, Nando Reis, Rita Lee e Ed Sheeran. Em 2016, ela gravou seu primeiro EP, pela gravadora Biscoito Fino.

Mariana ganhou notoriedade no Youtube e foi nomeada pela própria plataforma umas das “top 70” da América Latina. Após lançar seu primeiro clipe autoral “Poemas Que Colori”, Mariana deixou pra trás, de vez, as interpretações e deu, de fato, início a uma nova fase musical. A cantora participou cantou junto com a banda norte americana de pop rock romântico Boyce Avenue e foi a única brasileira convidada para gravar uma regravação de “We are the World” no histórico  estúdio Capitol Studios, em Los Angeles (EUA),  junto com grandes nomes da música pop do mundo inteiro.

A cantora foi indicada e vencedora de grandes prêmios, em 2017, como o Prêmio Multishow de Música Brasileira e Meus Prêmios Nick, na categoria “Melhor Canal Musical”. No mesmo ano das premiações, ela deu início a sua primeira mini-turnê pelo Brasil, participou do Rock in Rio e deu início a uma campanha de financiamento coletivo para poder lançar seu trabalho. Deu super certo. Um ano depois, ela se apresentou no Festival Planeta Brasil e circulou pelo País.

Na entrevista, Mariana falou sobre os bastidores das gravações do seriado “Dois Irmãos”, dirigido por Luiz Fernando Carvalho, que foi lançado na TV Globo, e do filme “Ana e Vitoria”, lançado no ano de 2018. “Na série, foi quando aprendi a meditar. Estava no Projac e vi um tanto de borboletas, antes de começar a gravar, como se elas estivessem abrindo o caminho para mim. Foi lindo!(…)Foi um momento muito transformador”, conta. Por ora, ela não pensa em voltar a trabalhar para o televisão ou cinema. “No momento, estou focada na minha carreira musical”, afirma.

Sobre os projetos de futuro, Mariana diz que, por enquanto, não tem planos de lançar um novo álbum. “Mas singles e EP, sim! A única coisa que posso dizer, por enquanto, é que estamos no processo de gravação e que tá sendo uma experiência muito nova e engrandecedora esse novo projeto”, finaliza.