A cantora Simony foi a convidada da live da IstoÉ Gente nesta sexta-feira (19). Na entrevista ao jornalista Rafael Ferreira, ela falou sobre o início da carreira, em 1983. De família circense, mãe cantora, ela conquistou o sucesso com pouco mais de quatro anos, quando foi descoberta pela TV Globo, no programa de auditório do Raul Gil, no SBT, para estrelar o programa infantil “A turma do Balão Mágico”, um tremendo sucesso de audiência. “Foi o Raul Gil que disse para gente assinar com a Globo. Devo muito a ele. “Dormi morando na Cohab e acordei a criança mais famosa do Brasil”, diz a cantora.

No bate papo, ela conta sobre seu auge na carreira de cantora, a adolescência e juventude conturbada. Com o fim do Balão Mágico, Simony, com 10 anos de idade, se uniu a Jairzinho, seu companheiro do programa, e se tornou uma das duplas mais famosas do fim dos anos 1980. No mesmo ano, ela se destacou no seu próprio programa “Show da Simony”, no SBT. O canal de Silvio Santos escalou Simony na programação infantil com o objetivo de competir com o “Xou da Xuxa”, da Rede Globo. Em 1990, acabou o sonho de derrotar a Rainha dos Baixinhos. Três anos depois, Simony lança o primeiro LP solo intitulado “Sonhando Acordada”. “Eu não tenho, até hoje, a noção de que fui popstar”, diz.

Aos 44 anos, com mais de seis discos solos e outros cinco com o Balão Mágico e dois com Jairzinho e dezenas de singles, o ícone do eterno Balão Mágico comemora o sucesso e promete lançar um livro sobre sua história. “A maior emoção da vida é ver uma música sua como tema de novela da Globo”, afirma. Na conversa, ela comenta sobre a mudança de ritmo na carreira musical. Ela agora é pagodeira. “Resolvi ficar no samba.” Na live, ela fala sobre o EP que acabou de lançar “Os Sambas que Cantei e Sambei”, com 6 faixas, sendo quatro músicas inéditas e duas regravações: Verdade Chinesa, de Emílio Santiago, e Sentimento Nu, do Grupo Sensação. “Eu amo samba, sempre amei, sempre ouvi e cantei. Os meus irmãos tocam cavaco e o meu pai canta também”, diz.

Simony, na troca de ideia, fala sobre os maus bocados que ela passou no carnaval do ano passado, quando foi assediada sexualmente pelo apresentador Dudu Camargo, que apertou seus seios durante a transmissão do carnaval, na Rede TV. “A mulher tem que ser respeitada. Não é qualquer um que vai chegando e metendo a mão”, afirma. Ainda na live, Simony contou os contratempos com os bullyings sofrido pela filha, que estava muito acima do peso. “Eu vejo que muitos jovens se suicidam, se matam, entram em depressão profunda por causa disso [bullyings]. O mundo é cruel. Vamos ter mais empatia com o próximo, vamos ter mais amor com o próximo, vamos pensar se fosse com a gente essas agressões. A internet foi feita para a gente se unir, se aproximar, ficar mais perto dos nossos amigos”, finaliza.