A ‘marca’ Bolsonaro nas urnas e o rumo de Tarcísio em 2026

Aliados de Tarcísio veem decisão de Bolsonaro mais próxima sobre eleição de 2026, mas não veem governador como favorito do ex-presidente

Divulgação/Instagram Tarcísio Gomes de Freitas
Foto: Divulgação/Instagram Tarcísio Gomes de Freitas

O problema não é só a irritação de Jair Bolsonaro e de bolsonaristas com as recentes manifestações “presidenciáveis” de Tarcísio de Freitas. Na avaliação de aliados do governador, há outra razão para Tarcísio não ser, ao menos no momento, a primeira opção do ex-presidente para a disputa presidencial do ano que vem.

É que a eleição de 2026, ainda muito próxima da condenação de Bolsonaro e da provável prisão dele, seria uma disputa para o ex-presidente lutar por seu capital político usando o próprio sobrenome, a própria “marca”, com a unção de um dos filhos ou de Michelle.

Considerando o perfil de Bolsonaro, não se espera que ele abra flanco para outro nome liderar o bolsonarismo e a direita — mesmo que sob sua procuração e comprometido em indultá-lo.

A propósito, o ritmo do STF no julgamento da tentativa de golpe de Estado, que já concluiu as oitivas de testemunhas e ouvirá réus na próxima semana, surpreendeu aliados de Tarcísio. Até quem já esperava alguma celeridade da Corte. No entorno do governador há políticos apostando que, com esse andamento do Supremo, Bolsonaro acabará sendo condenado e preso ainda neste ano.

Nessa hipótese, a avaliação por ali é que a definição de Bolsonaro sobre quem será seu candidato em 2026 — ou o vice que o acompanhará, para depois assumir a cabeça de chapa — vai acabar sendo feita ainda em 2025. Aliados de Tarcísio esperam que o ex-presidente dê uma sinalização clara nesse sentido antes de uma possível prisão.