Primeiro ele ignorou a empresa. Depois, mentiu a respeito da vacina. Em seguida, debochou e duvidou da eficácia da mesma. Por fim, disse que o laboratório é que deveria correr atrás do Brasil; não o contrário.

Falo, por óbvio, da relação, ou melhor, da falta dela, entre a gigante farmacêutica Pfizer e o (des)governo brasileiro. Graças ao maníaco do tratamento precoce, ficamos sem o melhor imunizante do mundo.

Ainda em agosto do ano passado, 70 milhões de doses nos foram oferecidas, mas o presidente aloprado e seu time de ignorantes servis simplesmente desprezaram a oferta do laboratório multinacional.

Conforme já apurado pela CPI da Covid, por pelo menos 6 vezes o amigão do miliciano Queiroz – aquele que entupiu a conta da primeira-dama com 89 mil reais em ‘micheques’ – deixou de atender a empresa.

Somente em março deste ano, diante do fiasco da Fiocruz e da dependência exclusiva do Butantan, a ‘máquina mortífera’, leia-se governo Bolsonaro, resolveu procurar e comprar vacinas da Pfizer.

Estados Unidos e Israel, por exemplo, assistem à normalidade voltar, à economia se recuperar e às pessoas se locomoverem livremente, graças, em boa parte, ao sucesso com o imunizante da ‘fábrica de jacarés’.

Sim. Quem não se lembra desse idiota que nos desgoverna fazendo piada com a vacina da Pfizer? E o que dizer de suas declarações sobre o contrato – o mesmo que o mundo todo assinou?

Agora, feito carneirinho manso, o pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais corre atrás ‘duzamericanu’ mendigando doses da vacina que faria homem falar fino e crescer barba em mulher.

Bolsonaro, à esta altura dos fatos, deveria estar preso. No mínimo, afastado da Presidência. Infelizmente, não só continua livre – para continuar sua saga assassina – como pode vir a atrapalhar o que está acordado. Explico:

Ao se reunir com representantes da Pfizer, não é impossível que piore o que já é péssimo. Afinal, além de intelectualmente limitado e completamente despreparado para o cargo, é um grosseiro capaz de tudo.

Não duvidem do potencial destruidor deste bilontra. Se não conseguir o que quer, ou seja, a antecipação dos lotes comprados tardiamente, irá culpar o laboratório e atirar sua malta contra os executivos da empresa.

Se hoje contamos 500 mil mortos por Covid-19, grande parte disso se deve à falta de vacinas. Contato, a Pfizer cansou de fazer (35 vezes!). Ofertas, também. A culpa, portanto, é exclusiva de Jair Bolsonaro. Que fique bem claro.