RECEITAS AirFryer, da Philips Walita (R$ 1.699): comida preparada antes de chegar em casa (Crédito:Divulgação)

Empresas de diversos segmentos preparam o lançamento de produtos de olho em um novo mercado que se abrirá com a chegada da quinta geração da telefonia móvel (5G) ao País, prevista para julho de 2022. Depois de mais de um ano de adiamentos, finalmente o leilão da nova tecnologia foi marcado pela Anatel para 4 de novembro, o que levará a investimentos de R$ 49,7 bilhões. Muitos eletrodomésticos e até itens de vestuário poderão ser controlados pelo smartphone ou por meio de softwares, algo que já ocorre de forma limitada. A indústria se prepara para uma explosão de novos produtos. Isso acontece porque a taxa de transmissão será 100 vezes mais rápida, e os objetos poderão trocar informações entre si e com o usuário de forma quase instantânea.

Alguns itens já antecipam esse novo mundo. Depois de popularizar seu assistente de voz Alexa, a Amazon acaba de lançar nos EUA o robô Astro, que usa 5G e vai monitorar residências. No Brasil, no início de 2022, a Philips Walita lançará a AirFryer com conexão 5G. “Vai permitir que você prepare a refeição de forma remota, a partir do celular”, explica Thaiane Cortez, gerente de marketing da empresa. O consumidor que sair de casa para trabalhar de manhã, por exemplo, pode deixar o alimento cru na máquina e, antes de voltar, à noite, conseguirá ligar remotamente o aparelho e preparar a comida.

DESEMPENHO Tênis Phantom 2, (R$ 530 a R$ 899): chip na sola para auxiliar os atletas
ROBÔ PET Astro, da Amazon: lançado nos EUA, custa US$ 999 e monitora a casa

O tênis Phantom 2, fabricado pela Vulcabras para a marca Under Armour, já traz no solado um chip que se conecta a um aplicativo — é o primeiro no Brasil com essa característica. Por meio dele, o usuário obtém informações sobre o seu desempenho esportivo. Eduardo Yamashita, diretor de operações da Gouvêa Ecosystems, diz que o potencial do 5G não ficará restrito aos bens de consumo. Segundo ele, a nova tecnologia gerará uma revolução nos serviços prestados por empresas e governos. “Tudo que está offline hoje passará para o mundo digital”, afirma.