Uma figura próxima à família Bolsonaro tem mostrado influência em Atibaia, cidade do interior paulista: Frederick Wassef.
Depois de não ser eleito deputado federal em 2022 e ver Jair Bolsonaro deixar o Palácio do Planalto, Wassef tem voltado suas atenções à política da cidade, a cerca de 70 quilômetros de São Paulo.
Dono de uma casa em Atibaia, o advogado foi um dos principais cabos eleitorais do novo prefeito do município, Daniel Martini, do PL. Na eleição de 2024, Wassef viabilizou a participação de Jair Bolsonaro na convenção de Martini, por meio de uma ligação de vídeo. Durante a campanha, levou Flávio Bolsonaro e Marcos Pontes para o palanque do prefeito (foto acima).
Na semana passada, Wassef intermediou uma reunião na Prefeitura entre a cúpula da Polícia Civil na região e Martini. O encontro reuniu o prefeito e nomes como os delegados Fernando Bardi, chefe do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior 2 (Deinter-2), sediado em Campinas (SP), e Sandro Montanari, chefe da delegacia seccional de Bragança Paulista (SP), vizinha de Atibaia.
Com Wassef sentado ao lado do prefeito à mesa (veja abaixo), a reunião tratou da possível doação de um terreno da prefeitura ao estado para construção de uma nova delegacia na cidade.
Em entrevista a um jornal local em outubro, Daniel Martini chegou a dizer que considera o controverso Frederick Wassef um “deputado sem mandato”, que ajudaria muito Atibaia com seus contatos. “Wassef terá um papel importante na interlocução com governos estadual e federal”, afirmou.
A relação de Frederick Wassef com Atibaia, a propósito, já foi contada no noticiário antes da eleição do ano passado. Foi na casa dele na cidade que a Polícia Federal encontrou e prendeu Fabrício Queiroz, apontado como operador do suposto esquema de rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj.