Em ótima matéria de Carlos Madeiro, o portal UOL realizou um cruzamento de dados entre o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e apurou que um em cada dez municípios brasileiros possui mais eleitores do que habitantes.

Sim, meus caros amigos, é isso mesmo. Há mais pretensos votantes do que vivos, o que seria – e era!! – um prato cheio para fraudes, como no passado, quando toda sorte de crimes eleitorais ocorriam farta e impunemente Brasil afora, sobretudo nas pequenas cidades dos estados menos desenvolvidos.

Vejam, por exemplo, o caso da minúscula Severiano Melo, no Rio Grande do Norte, que possui pouco mais de 1.7 mil moradores, mas quase 7 mil eleitores. Não fossem as urnas eletrônicas, que Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, e sua trupe golpista aloprada tanto atacam, a fraude seria certa.

Há mais de dois anos o governo atrasava a realização do censo (que começou este mês apenas), e hoje o País navega ‘meio que às cegas’ por falta de dados atualizados e consistentes. A previsão do IBGE é entrevistar os cerca de 75 milhões de lares brasileiros até o final de outubro, mês das eleições.

Antigamente os mortos votavam. Como votavam milhares, talvez milhões de eleitores que jamais compareceram às urnas. Assim como os analfabetos e semianalfabetos, ou os miseráveis (famintos), que em troca de um punhado de comida permitiam o uso de seus títulos de eleitor por políticos canalhas.

As urnas eletrônicas vieram para dar um ‘basta’ nisso tudo, e se não deram 100%, deram 95%, o que é suficiente para o fim da zorra toda. Quanto mais apertado o cerco contra votos de cabresto, caso das regiões controladas por milícias, por exemplo, mais difícil a vida de políticos ligados à elas. O(a) amigo(a) leitor(a) por acaso conhece alguém assim?