O quarteto vocal Il Divo foi formado em Londres por cantores de origens e estilos diferentes. Com 15 anos de trajetória celebrados com a turnê mundial “Timeless”, o grupo ficou famoso por duas façanhas. A primeira foi ter resistido no mercado até se tornar o último representante de um gênero que fez sucesso nas décadas de 80 e 90: o crossover, a arte de acasalar clássico e popular. A segunda foi converter o ideal dos anos dourados em situação permanente, num espetáculo que parece ser feito de pontos culminantes com emotivos clássicos românticos. Eles chamam o estilo de “pop-ópera”. “Todos os grupos de crossover acabaram, exceto nós”, diz o tenor suíço Urs Bühler à ISTOÉ. Segundo ele, a razão da longevidade está na interpretação: “Cada canção exige uma leitura e gera um novo estilo — algo mais do que chamar de crossover”. Uma terceira proeza é a vendas de discos e o volume de turnês mundiais. Il Divo vendeu 26 milhões de álbuns e arrebatou 160 discos de outro e platina em 35 países. Seus espetáculos de gala, como “Timeless”, arrastam milhões de fãs aos teatros e estádios. Credicard Hall (SP), 10 e 11/5; Vivo Rio, 12/5; KM de Vantagens Hall BH, 14/5; Auditório Araújo Vianna, Porto Alegre), 17/5; Teatro Guaíra, 18/5, Curiiba; Arena Petry, Florianópolis, 19/5.

Caue Andruskevicius

Urs Bühler vai do metal à opera

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