A história de Auschwitz-Birkenau

A história de Auschwitz-Birkenau

O campo de extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau, libertado há 80 anos, é um símbolo eterno do Holocausto.

Parte do plano da “Solução Final” do ditador alemão Adolf Hitler para o genocídio dos judeus europeus, o campo operou perto da cidade ocupada de Oswiecim, no sul da Polônia, entre junho de 1940 e janeiro de 1945.

Das mais de 1,3 milhão de pessoas presas lá, 1,1 milhão – principalmente judeus – morreram, asfixiadas nas câmaras de gás ou por fome, exaustão e doenças. Com o mundo relembrando o 80º aniversário da libertação do campo pelas tropas soviéticas em 27 de janeiro, aqui está sua história, com base em informações do Memorial e Museu de Auschwitz-Birkenau:

– 1939: Segunda Guerra Mundial tem início –

Em 1º de setembro, a Alemanha nazista invade a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial na Europa.

Os nazistas massacram judeus poloneses ou os levam à força para guetos, começam a eliminar as elites polonesas e tentam esmagar a resistência.

– 1940: campo de Auschwitz é criado –

Em 27 de abril, o líder das Schutzstaffel (SS) – organização paramilitar nazista -, Heinrich Himmler, escolhe um campo de quartéis em Oswiecim, no sul da Polônia, que é renomeado como Auschwitz.

Em 14 de junho, chegam os primeiros 728 prisioneiros políticos poloneses. No outono, a resistência informa ao governo polonês exilado em Londres sobre o campo. Os dirigentes poloneses contam aos Aliados.

– 1941: primeira execução em massa –

Em 1º de março, Himmler inspeciona Auschwitz e ordena sua expansão.

Em 22 de junho, a Alemanha invade a União Soviética, quebrando um pacto de 1939 com Joseph Stalin, e envia prisioneiros de guerra para o campo.

Em 3 de setembro, ocorre o primeiro extermínio em massa nas câmaras de gás com Zyklon B; 600 prisioneiros de guerra soviéticos e 250 poloneses são mortos.

– 1942: a “Solução Final” –

Em 20 de janeiro, os nazistas elaboram planos para a “Solução Final”, o genocídio dos judeus da Europa.

Naquele mês, começa o extermínio em massa de judeus nas câmaras de gás em Auschwitz.

Em 1º de março, o enorme campo de Birkenau ou “Auschwitz II” é aberto nas proximidades.

No mesmo mês, ocorre a primeira deportação em massa de judeus para o campo, sendo 69.000 provenientes da França e 27.000 da Eslováquia.

Em maio, 300.000 judeus são enviados da Polônia e 23.000 da Alemanha e da Áustria.

Em 4 de maio, ocorre a primeira “seleção” de Birkenau dos prisioneiros que chegam, separando aqueles destinados à escravidão daqueles a serem exterminados.

Em 10 de junho, ocorre a revolta de Birkenau. Sete prisioneiros escapam e 300 morrem.

Em julho, 60.000 judeus são enviados da Holanda.

Em agosto, 25.000 judeus são enviados da Bélgica e 10.000 da Iugoslávia.

Em 30 de outubro, o campo de trabalho industrial de “Auschwitz III-Monowitz” é aberto.

Em outubro, 46.000 judeus são enviados da atual República Tcheca.

Em dezembro, 700 judeus são enviados da Noruega.

– 1943: campo para os ‘roma’ é criado –

Em 26 de fevereiro, o campo para a minoria roma (ciganos), é instalado em Birkenau.

Em março, 55.000 judeus são enviados da Grécia.

Em outubro, 7.500 judeus são enviados da Itália.

– 1944: Aliados descobrem –

Em maio, aviões dos Aliados fotografam o campo, avistando as câmaras de gás e a fumaça.

Reino Unido e Estados Unidos mais tarde bombardeiam Monowitz.

Em maio, 438.000 judeus são enviados da Hungria.

Em agosto, 67.000 judeus são enviados do gueto de Lodz, na Polônia.

Em 2 de agosto, 3.000 roma exterminados nas câmaras de gás.

Em agosto, 13.000 poloneses são enviados durante o Levante de Varsóvia.

Em 7 de outubro, os “Sonderkommandos”, os judeus forçados a queimar corpos das câmaras de gás, se revoltam.

Três homens da SS e 450 prisioneiros Sonderkommandos morrem.

Em novembro, a execução nas câmaras de gás em massa termina.

– 1945: Tropas soviéticas chegam –

Em 17 de janeiro, enquanto as tropas soviéticas avançam, a SS envia 60.000 prisioneiros para o oeste em uma nova “Marcha da Morte”.

De 21 a 26 de janeiro, os alemães explodem as câmaras de gás e crematórios de Birkenau e se retiram em meio ao avanço das tropas soviéticas.

Em 27 de janeiro, os soviéticos chegam e encontram 7.000 sobreviventes.