A participante do Big Brother Brasil Natália teve uma crise de choro na última quarta-feira (26) ao ver Lucas beijando Eslovênia na festa do líder. A situação virou meme nas redes sociais, mas acabou abrindo espaço para uma discussão importante, abordada por Thelma Assis, vencedora do BBB20.

+ Zé Felipe revela que está com a libido baixa: ‘Por causa do estresse’
+ Carolina Ferraz relembra morte trágica do pai: ‘Estouraram a cabeça dele’

“Vim dar meu depoimento. Eu me solidarizo com Natália, porque a gente como mulher, várias vezes, é rejeitada, sim. Como mulher preta, mais ainda. A gente nunca é tida como padrão de beleza. Agora, de uns tempos para cá, que a gente está falando que somos bonitas, sim. Mas antes eu não me sentia assim”, começou a médica.

“Na adolescência eu tentava me mudar, me achava horrorosa, porque só as meninas brancas do colégio eram bonitas. Ontem bateu um gatilho muito grande em mim. O Lucas é estudante de medicina, não dá para generalizar, mas eu sofri muito isso também estudando medicina. Muita gente quer tirar casquinha da mulher preta, mas pegar na mão e assumir relacionamento não. Ela deve ter levado muitos gatilhos de rejeição para o BBB. Já passei por isso também”, continuou.

Thelma lembrou de quando a sister falou sobre escravidão. “A Natália é novinha. Algumas falas que ela teve de romantizar a escravidão, às vezes nem ela se reconheceu mesmo. O reality é uma oportunidade de autoconhecimento. Ela vai poder se valorizar cada vez mais. Não que ela esteja certa com algumas falas que ela teve, mas a partir do momento em que você se reconhece, você vai atrás das suas origens, entender mais. Eu consigo tentar ser mais cada vez mais empática.” “Só depois de muito tempo eu comecei a me valorizar. Não me quer? Também não quero. Quando eu estava no fervo, encontrei o amor da minha vida, que me valorizou”, finalizou.