Como explicar o fenômeno “A Garota no Trem”, suspense psicológico que vendeu 15 milhões de livros e virou filme? Por que as mulheres acabam viciadas nessas histórias policiais, nas quais costumam ser as vítimas? “O público feminino gosta de heroínas que contam seus segredos mais profundos e obscuros”, diz Tate Taylor, diretor da versão para o cinema que estreia na quinta-feira 27 em circuito nacional.

Só em ISTOÉ ONLINE: Leia entrevista feita com Emily Blunt e Tate Taylor

Vivida por Emily Blunt, a protagonista afoga no álcool as mágoas de um divórcio recente. Por não se lembrar do que faz, ela vira suspeita no caso do sumiço da mulher que ela observava todos os dias pela janela do trem. “As mulheres gostam de se reconhecer nas telas, o que significa ver personagens nada perfeitas”, diz a atriz, que é fã do livro de Paula Hawkins, publicado em 50 países e em 40 línguas. “Nunca tinha feito tantas coisas estúpidas, irresponsáveis e tóxicas nas telas.”

Para Renata Pettengil, da Record, que publicou o livro no Brasil, o sucesso é explicado pela complexidade das personagens, a começar pela “narradora não-confiável”: “Os problemas e conflitos na trama, com forte paralelo na vida real, geram empatia e envolvimento emocional com a obra.”