A Polícia Federal já identificou dezenas de brasileiros alvos do inquérito no STF sobre a baderna do dia 8 de Janeiro de 2023 que atravessaram a fronteira para a Argentina e o Paraguai via aérea, deixando rastros, e via terrestre, com as placas dos carros. São grupos que se organizaram claramente para fugir da eventual prisão a mando do ministro Alexandre de Moraes. Boa parte deles fez contatos em grupos de aplicativos como WhatsApp e Telegram, para tratarem da rota de escape. Contrataram banca de advogados no Brasil e em Buenos Aires para tentar um asilo político a ser solicitado ao presidente Javier Milei. Nada oficial ainda. Há informações de que mais de 20 brasileiros procurados, e suas famílias, em condições para os gastos, estão em hotéis, e outros alugaram casas por temporada esperando “a poeira vai baixar”. O que lhes deixa desconfortáveis é o recente episódio da prisão em Buenos Aires do foragido Toinho do Bitcoin, pela Polícia Nacional de lá – o equivalente à PF daqui.
Dezenas de brasileiros alvos do inquérito no STF atravessaram a fronteira para Argentina e Paraguai atrás de um (difícil) asilo político
Que torcida animada
A Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, o Google Brasil e outras multinacionais norte-americanas foram procuradas por deputados federais do PT, PSD e União atrás de convites para visitas oficiais aos EUA. Não por acaso, as datas sugeridas coincidem com os jogos da seleção na Copa América na Califórnia. Em agendas assim, a Casa paga tudo.
Discrepância na adoção trava processos
Hoje no Brasil há 4.825 crianças disponíveis para adoção e 36.282 pretendentes, segundo o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento, do Conselho Nacional de Justiça. O grande problema está no fato de que a maioria das pessoas (22.866) projetarem adotar filhos de 4 a 6 anos (681), faixa etária com a menor soma disponível. Enquanto na faixa de 14 a 18 anos existem 1.565 adolescentes para 160 famílias que aceitam a idade. Outra adversidade surge quando se analisam as informações por Estado: em 17 deles, o número total de crianças é maior que o de requerentes. Apenas em São Paulo essa contagem se sobressai.
O gás de Milei na conta do Brasil
Como o mercado manda tanto num País quanto seus mandatários políticos, o setor de gás e os industriais estão no compasso de espera do dia em que Lula da Silva vai aparecer abraçado a Javier Milei. A Bolívia reduziu a oferta para o Brasil. A Argentina, quebrada, tem a maior reserva de gás do mundo, o campo de Vaca Muerta. O bom senso indica que a venda será muito mais fácil para o país vizinho que para a praça asiática e européia no embarque por navios. A turma que cuida dos projetos de reindustrialização do Brasil nos setores de fertilizantes e químico aguarda o projeto de gasodutos.
Queda de Geller, festa no Palácio
A chefe de gabinete da Casa Civil, Miriam Belchior, comemorou a degola do enrolado Neri Geller do Ministério da Agricultura. Eles têm rusgas desde quando ele era ministro de Dilma Rousseff e ela, coordenadora do PAC. Lula bancou a nomeação para agradar os ruralistas e ficou com a conta.
Apontador de canteiro
Dia desses o ministro do STF Nunes Marques, um maçom, fez visita institucional ao Grande Oriente do Brasil. Poucos sabiam de sua associação à Ordem. É tido como bom exemplo, entre tantas milhões de histórias de superação. Nunes quando jovem era apontador de canteiro de obra no Piauí e dali saía para as aulas na faculdade de Direito.
Falta assalto a bordo
As três grandes companhias aéreas não fazem questão de esconder a ganância diante da tragédia climática do Sul. Só falta assalto à mão armada a bordo. Pesquisas da Coluna com preços do antes e depois das enchentes apontam que Azul, Gol e Latam dobraram – e em alguns casos quadruplicaram – o preço da passagem para Porto Alegre.
NOS BASTIDORES
Campos redivivo
O PSB estuda um grande ato em agosto para lembrar o legado – no partido e em Pernambuco – do líder Eduardo Campos, que morreu em acidente aéreo na campanha de 2014.
País dos caras-de-pau
Justiceiros dos TREs, que prezam pela boa conduta nas campanhas, estão surpresos com a quantidade de políticos fichas-sujas que lançaram pré-candidaturas confiando em manobra judicial para se livrarem.
A culpa é da mulher?
O açodamento do debate no Congresso causou extravagâncias desse tipo: no PL do aborto, a mulher violentada que retirar o feto pega mais anos de cadeia que o estuprador. Líderes estão varando a madrugada para consertar o estrago na emenda.
Plano JB – Senado
Jair Bolsonaro está mapeando nomes potenciais para o Senado. Ciente de que não tem mais chances jurídicas de reverter sua situação, quer eleger ao menos 35 senadores, uma bancada para chamar de sua.