A Ford é apenas a primeira, e não será a última com esse desgoverno

Após cem anos de uma linda história no Brasil, em que foi protagonista do início do nosso processo de industrialização, e após ser testemunha ocular de todos os nossos erros e acertos, a gigante mundial Ford anunciou o fim de sua produção em solo tupiniquim. Preferiu manter apenas as operações argentina e uruguaia na América do Sul.
Em cem anos, o chamado Primeiro Mundo evoluiu duzentos anos. Em cem anos, diversos países considerados “em desenvolvimento” alcançaram status de “primeiro mundo”. Em cem anos, alguns países muito pobres e atrasados, e aqui cito um que conheço bem, Singapura, tornaram-se verdadeiras potências econômicas e tecnológicas.
Enquanto tantas nações deram passos largos e robustos em direção ao desenvolvimento, o Brasil escolheu permanecer no atraso. O País optou por privilegiar o Estado e sufocar a sociedade. Optou por viver preso a uma lei trabalhista arcaica e sindicalista e a uma legislação tributária medieval. Está aí! Deu no que deu. Ou melhor, no que está dando.
O Brasil insiste em manter uma estrutura de Estado que cobra como a Suécia e retorna como a Venezuela. Neste sentido, nossos três Poderes, em todas as esferas (municipal, estadual e federal), são os guardiões da pobreza geral que sustenta a riqueza governamental. Por isso mesmo que, em cem anos, trataram de manter tudo exatamente no mesmo lugar.
A despeito de todos os nossos imensos problemas, temos, por aqui, mais de uma centena das quinhentas maiores empresas do mundo, o que significa que somos um mercado consumidor atraente e necessário. Mas nenhum grande mérito, já que somos um país com mais de duzentos milhões de habitantes e uma pirâmide demográfica bastante favorável.
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Uma empresa do tamanho e com a história da Ford não sai de um país por causa de um mau momento do presente, mas, sim, pela total falta de perspectiva de futuro. É aí que entra em cena a culpa de Jair Messias Bolsonaro e deste governo de mentirinha, incapazes de propor e fazerem aprovar as inúmeras reformas estruturantes que o Brasil precisa.
Como acreditar no futuro de um país – e se manter nele, amargando prejuízos sucessivos – se o próprio presidente afirma que está quebrado e não consegue fazer nada? O que fazer, após este mesmo presidente, para reforçar sua crença na bancarrota, declarar: “Sabe a nossa dívida interna quando é? 5 trilhões. Isso é sinônimo de que estamos bem ou estamos mal?”.
A Ford é a apenas a primeira das enormes multinacionais a bater em retirada do País. Atrás dela, com certeza, irão outras. Ou o Brasil se levanta deste berço esplêndido de mentira em que deitou, ou muito em breve o berço se tornará uma assombrosa cama de espinhos. Um país não fecha as portas, nem quebra. Apenas se transforma num local inabitável. Inclusive para as castas do Poder e seus apaniguados.
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