SAÚDE Após ser colada na pele, a e-skin envia os sinais vitais para computadores e celulares (Crédito:Divulgação)

Não é um filme futurista, nem uma dominação robótica, mas um enorme avanço na saúde. Apesar de estarmos na era mais avançada da humanidade, surpreender-se com novos inventos é mais comum do que se pensa. Pois agora o ser humano vai sentir na pele os avanços dessa tecnologia – nesse caso, literalmente.

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Capital mundial da inovação, o Japão deu mais um passo rumo ao futuro. O cientista Takao Someya, professor da Escola de Graduação e Engenharia da Universidade de Tóquio, anunciou a criação da pele eletrônica. Chamada de “e-skin” (pele, em inglês), foi projetada para auxiliar no envelhecimento da população do País. Incentivada pela pandemia, o aparelho permite acompanhar os idosos de forma remota e com mais qualidade. Após ser “colado” no corpo, o equipamento projetado à base de ‘álcool polivinílico’ – materia que garante mais conforto e flexibilidade – capta os impulsos elétricos dos movimentos musculares e os batimentos cardíacos. Além disso, um microtransmissor sem fio preso ao tórax envia os dados para a nuvem, onde os médicos podem acessá-los via computador ou celular.

Conforto para idosos

“Dispositivos capazes de mostrar batimentos cardíacos, temperatura e oxigenação são fundamentais” Aruã Prudenciatti, CEO da Crop (Crédito:Divulgação)

Segundo Someya, ao contrário dos smartwatches, a e-skin é mais leve e fácil de usar, beneficiando pessoas que não possuem familiaridade com a tecnologia. Funciona em um display de LED, como uma luva, com a tela visível nas costas da mão. Desse modo, pode mostrar batimentos e gráficos simples de serem compreendidos. O foco é ajudar na adaptação dos idosos – a inovação também pode ajudar na saúde mental, uma vez que poderá enviar e receber emojis de familiares e amigos.

Segundo Aruã Prudenciatti, CEO da Crop, startup de biotecnologia, “todo dispositivo capaz de mostrar de forma intuitiva batimentos cardíacos, temperatura e oxigenação são fundamentais para uso cotidiano”. De acordo com pesquisas da Grand View Research, o mercado para o e-skin é avaliado em US$ 4,5 bilhões – mais de R$ 25 bilhões. O experimento também será aprimorado com o avanço da rede 5G, que tornará a conexão com a internet muito mais rápida. Por isso, ele também vem sendo testado por atletas antes de chegar ao mercado – quanto mais gente sentir na pele essas mudanças, melhor.