Guilherme Amado Coluna

Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

A estratégia do PT no Nordeste para ganhar o Senado

José Guimarães assume coordenação do mapa eleitoral do PT e quer um candidato petista forte em cada estado

Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

O líder do governo na Câmara, José Guimarães, assumiu esta semana o comando do mapa de eleições do PT para o ano que vem, o chamado GTE (Grupo de Trabalho Eleitoral). Atendendo a uma orientação de Lula, Guimarães já avisou que o partido vai se esforçar para ter, em cada estado do Nordeste, um candidato viável do petismo ao Senado, além de apoiar um segundo nome para a outra vaga. O xadrez, no entanto, está longe de estar montado.

Apenas cinco estados têm um cenário mais desenhado sobre o ano que vem. Na Bahia, o PT pode ter dois candidatos de peso, mas que correm na mesma seara: o ministro Rui Costa e o senador Jaques Wagner, que quer a reeleição. No Ceará, o próprio José Guimarães pode ser o candidato, mas depende ainda de ver a viabilidade eleitoral. Em Pernambuco, Humberto Costa vai concorrer à reeleição, mas ainda não se sabe se subirá no palanque de Raquel Lyra ou de João Campos.

No Rio Grande do Norte, a governadora Fátima Bezerra concorrerá ao Senado e, em Sergipe, o candidato será Rogério Carvalho.

O presidente Lula já declarou que a prioridade petista é fortalecer o Congresso, onde, nesta gestão, ele teve sérias dificuldades de negociação. O Senado é especialmente preocupante para os petistas, uma vez que, em 2026, renovará 2/3 das 81 cadeiras.

Por isso, a estratégia anunciada de José Guimarães esta semana pode sofrer modificações: o governo não vai investir em nomes que não tenham viabilidade de vitória e reforçará as candidaturas de aliados, caso sejam mais viáveis. No Maranhão e em Alagoas, por exemplo, ainda não há sinalização do PT por candidaturas fechadas ao Senado.