A estátua de gelo de Michelangelo

A estátua de gelo de Michelangelo

Gilles Lapouge Do site Vida Boa* O americano Roy Doliner acaba de encontrar numa caixa de papelão, num antiquário italiano, uma terracota representando a Virgem embalando o Cristo. A obra foi atribuída a Andréa Bregno. Felizmente Roy Doliner passou pelo antiquário. Como tem um olho de águia, Roy percebeu no mesmo instante que esse tal Andréa Bregno era um incapaz e que a Pietá, na verdade, tinha sido esculpida por Michelangelo. Prova disso? A estátua contém símbolos hebreus. Ora, Michelangelo, de acordo com Roy, era versado na cabala. Aliás, foi esse conhecimento que ajudou o escultor a dissimular, no teto da Capela Sistina, xingamentos ao Papa Julio II, para quem ele trabalhava. Doliner narra a sua descoberta no livro Veiled in Mystery (Velado em Mistério) e espera que ele se transforme num best-seller, da mesma maneira que outro americano esotérico, Dan Brown, cujo livro, O Código Da Vinci, vendeu 86 milhões de exemplares. No meu caso, estou à procura de uma outra obra-prima de Michelangelo, ainda mais desconhecida que a de Roy Doliner. Michelangelo criou-a no domingo do dia 22 de janeiro de 1494. Um dia de muita neve. No seu palácio de Florença, o príncipe Piero de Médicis, filho de Lourenço o Magnífico, está entediado. E lembra que seu pai tinha a seu serviço um jovem escultor muito reputado, um certo Michelangelo, um sujeito estranho que vivia a alguns quilômetros dali. Piero mandou buscá-lo. Leia o texto na íntegra Gilles Lapouge é jornalista e escritor e colabora mensalmente com artigos para o site *Vida Boa é um novo espaço no mundo virtual com artigos sobre cultura, moda, beleza, comportamento, gastronomia e viagens.