Eu não sei o que é mais assustador: um país que se pretende “em desenvolvimento”, em pleno século 21, com uma população total de 215 milhões manter quase 40 milhões de pessoas sem água tratada, e 105 milhões sem coleta de esgoto, ou políticos ainda terem dúvidas a respeito desse inacreditável quadro medieval.

O Partido dos Trabalhadores (PT), após capitanear o maior assalto aos cofres públicos de uma nação, que se tem notícia na história mundial; após atirar o País na maior recessão econômica dos seus últimos 30 anos; e após despejar 15 milhões de brasileiros no desemprego, lidera um bloco de senadores de esquerda, contrários ao novo Marco do Saneamento que está sendo votado nesta noite de quarta-feira (24).

Para piorar, estes senhores representam, em ampla maioria, os estados do norte e nordeste do Brasil, justamente os que sustentam os piores índices de saneamento básico, e consequentemente, de doenças e mortes relacionadas. É impressionante, mas a esquerda brasileira não aprende nada, não esquece nada! E quando surge uma catástrofe equivalente, com sinal trocado, de nome Jair e sobrenome Bolsonaro, se mostram surpresos.

O cinismo desses cretinos só não é maior que a baixeza dos seus atos. Com casa, comida e roupa lavada, além de carros, motoristas, viagens, plano de saúde e aposentadoria especial garantidos pelos miseráveis da Bahia, Rio Grande do Norte, Amapá, Ceará, Sergipe, Roraima, Paraíba, Maranhão e Pará, essa gente ordinária não se incomoda em assistir, por mais duzentos anos, crianças morrerem de diarreia, ou dezenas de milhões não poderem simplesmente sorver um simples copo de água potável.

O que está em jogo é um monopólio (95% de controle estatal) de décadas, onde cargos e salários, e muita corrupção!, é mantido a ferro e fogo pela classe política mais abjeta do mundo. Ou melhor, estava em jogo, pois o Senado Federal acaba de aprovar o novo Marco do Saneamento, obviamente sem o voto dos 13 senadores do PT, PDT, PROS, REDE, PSB e Republicanos.

Pela terceira vez: a esquerda brasileira não aprende nada, não esquece nada.